Messias Pontes: Acreditar no povo para derrotar o inimigo (III)

Apesar de todos os equívocos do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Brasil continua caminhando no rumo do crescimento sustentado, da inclusão social e da diminuição das desigualdades sociais e regionais.O boom da construção civil tem levado

Todo esse quadro favorável ao Brasil preocupa a direita conservadora e irracional – DEMO, PSDB e PPS – e em especial o Coisa Ruim, que trama contra os interesses do País para não ter o seu desgoverno comparado com o governo do presidente Lula, pois sabe que perde em todos os pontos, menos na corrupção, que foi feita no atacado a partir de janeiro de 1995 quando a Comissão Especial de Investigação foi extinta por ele através de decreto. 


 


 



A canalha neo-udenista se animou com a derrota imposta ao governo com a não prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira – CPMF – e agora quer cantar de galo, ameaçando inviabilizar toda a administração federal. A ordem é sangrar o presidente Lula e o seu governo o mais rápido possível. Esses inimigos do povo e do País já não usam mais subterfúgio como antes. Agora dizem abertamente que é para aniquilar o governo, custe o que custar. 


 


 



Depois de impor um rombo de R$ 40 bilhões anuais com o fim da CPMF, agora tramam para que o Orçamento da União de 2008 não seja aprovado, o que deveria ter acontecido em dezembro último. Já entraram na Justiça para impedir o aumento da alíquota do IOF – Imposto sobre Movimentação Financeira – e da CSLL – Contribuição Social sobre Lucro Líquido dos bancos, fórmula que o governo encontrou para recuperar parte do dinheiro perdido com a decisão da direita, notadamente PSDB, DEMO e PPS, de derrotar a CPMF. 


 


 



Essa canalha neo-udenista é a maior defensora dos mesquinhos interesses das elites, notadamente dos banqueiros, no Congresso Nacional. Ela é co-responsável pela privataria ocorrida no desgoverno tucano-pefelista (1995 a 2002), o maior escândalo de corrupção jamais visto em toda a história do Brasil. Mas utiliza a mídia conservadora, venal e golpista, tendo a Rede Globo à frente,  para enganar o povo, procurando mostrar o contrário. 


 


 



Essa gente quer a todo custo impedir que a TV pública seja implantada no País, e para tanto já entrou com várias ações na Justiça. Através dos seus colunistas e articulistas amestrados tenta passar a idéia de que a TV pública é desnecessária, será muito cara e servirá para fazer propaganda do governo e da esquerda. Tudo balela, tudo hipocrisia e desonestidade.


 


 



O direitista Nicolas Sarkozy declarou, na semana passada, que vai criar a “BBC francesa”, com impostos que virão das TVs comerciais, das operadoras de celular e dos provedores da Internet. Segundo Sarkozy, isso é uma “medida civilizatória”. Por que a chamada grande mídia não divulga nada a respeito? Somente a ISTOÉ Dinheiro noticiou, e mesmo assim sem nenhum destaque, numa notinha. Na França pode, aqui não. Por quê, Cara Pálida?


 


 



A prepotência dessa gente é tamanha que ultrapassa os limites do tolerável. O racista banqueiro e ex-senador pefelista catarinense Jorge Bornhausen, na maior cara-de-pau está ameaçando até derrubar ministros do governo Lula. Ele criticou o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima (PMDB), afirmando que este está demasiadamente espaçoso, e se ele continuar assim, “vamos derrubá-lo”. Isso é prenúncio de golpe, mas a grande mídia conservadora, venal e golpista vê essa aberração com naturalidade e até omite do seu noticiário.


 


 



Isto acontece porque o presidente Lula hesita em não convocar as forças vivas da nação para dar uma resposta nas ruas a essa canalha. É imprescindível e urgente o governo vir a público, maciçamente, para mostrar que essa gente não é adversária, mas sim inimiga jurada do povo. O presidente Lula deve convocar, sempre que necessária, cadeia nacional de rádio e televisão para dizer ao povo que essa gente acabou com a CPMF porque é contra os programas sociais do governo e principalmente por ser sonegadora de impostos.


 


 



É preciso vir a público desmascarar parlamentares de extrema direita e caloteiros, como o senador potiguar José Agripino Maia, do DEMO, que deve cerca de R$ 50 milhões ao Banco do Nordeste, e não paga. Esse elemento pernicioso é proprietário da empresa Mossoró Agroindustrial S.A. (MAISA). Ele recebeu recursos do BNB e não pagou.


 


 



E por falar em BNB, o Sr. Byron Queiroz, ex-presidente desse banco durante todo o desgoverno do Coisa Ruim e afilhado do senador tucano Tasso Jereissati, foi condenado a 13 anos de reclusão, além de multa, por ter fraudado a contabilidade do banco, rolando dívidas não pagas e liberando novos empréstimos para várias empresas.


 


 



Entre os principais beneficiários do esquema montado por Byron Queiroz, que deixou um rombo de quase R$ 7,5 bilhões (em valores não atualizados) no BNB, estão empresas do grupo Jereissati e da família do líder do DEMO no Senado, José Agripino Maia. Esse elemento apoiou incondicionalmente a ditadura militar e hoje quer posar de democrata; é um caloteiro porque não paga o que deve e ainda quer posar de honesto. Ele e muitos outros que estão no Congresso Nacional apenas para defender os seus interesses e das elites, em especial os banqueiros, e tramando contra o povo e os interesses nacionais.


 


 



O presidente Lula precisa vir a público para reafirmar que a CPMF era um tributo que penalizava os mais ricos e 70% dele provinha de grandes empresas e bancos; dizer que os seus mecanismos de arrecadação impediam a sonegação e permitiam que a Receita Federal checasse as movimentações financeiras com o imposto de renda, evitando fraudes e desvios; dizer que, antes da CPMF, dos 100 maiores contribuintes desse tributo, 62 nunca pagaram imposto de renda, portanto são caloteiros e sonegadores e deveriam estar presos e ter seus bens confiscados.


 


 



Na hora em que o presidente Lula sair da defensiva e partir para o ataque, toda a canalha neo-udenista recua. Dirigentes de organizações populares, movimentos sociais, intelectuais, religiosos e as grandes massas do povo estão esperando o chamamento do Presidente para enfrentar de frente os verdadeiros inimigos do povo e do Brasil. Na hora do chamamento, ruas e praças serão tomadas pelo povo para garantir a continuidade do atual governo e o Estado Democrático de Direito.


 


 



Se quiser concluir o seu mandato com tranqüilidade e decência, o Presidente Lula precisa mais que nunca acreditar no povo para derrotar o inimigo.


 


Messias Pontes é jornalista