Petrobras rompe  barreira dos 2 milhões de barris por dia

A plataforma P-54, que começou a operar no dia 11 de dezembro, no campo de Roncador, na Bacia de Campos (RJ), foi a última das cinco unidades a entrar em operação em 2007. Quando atingir o pico de produção, previsto para acontecer no segundo semestre de 2008, ela acrescentará 180 mil barris por dia (bpd) à produção nacional.

Revitalização da produção terrestre

Em novembro deste ano, duas outras grandes unidades de produção entraram em operação: a P-52, também no campo de Roncador e com a mesma capacidade total de produção da P-54 (180 mil bpd) e o FPSO Cidade de Vitória, no campo de Golfinho, na Bacia do Espírito Santo, com capacidade para produzir 100 mil barris por dia.

Além dessas três unidades, em janeiro entraram em operação o FPSO Cidade do Rio de Janeiro, com capacidade para produzir 100 mil bpd no campo de Espadarte, na Bacia de Campos, e a plataforma de Manati, no campo de mesmo nome, na Bahia, com capacidade para produzir até 6 milhões de m3 de gás por dia. Em outubro começou a produção da plataforma do Campo de Piranema, com capacidade para 30 mil barris de petróleo leve por dia, no mar de Sergipe.

Embora mais de 80% do petróleo produzido pela Petrobras no Brasil venham dos campos marítimos, a produção terrestre também contribuiu para o recorde. A média dos campos terrestres tem oscilado em torno de 230 mil barris de petróleo por dia. A empresa prevê um crescimento considerável na produção terrestre, nos próximos anos.

Tupi inicia fase de testes em 2008

O ritmo de entrada de novos sistemas de produção no portfólio da companhia deverá continuar em 2008. Serão instaladas três novas plataformas de petróleo e uma de gás: Na Bacia de Campos entrarão em produção a P-51, no campo de Marlim Sul, com capacidade para produzir 180 mil bpd, a P-53, em Marlim Leste, projetada, também, para produzir 180 mil bpd e o FPSO Cidade de Niterói, no campo de Marlim Leste, com 100 mil bpd. Na Bacia do Espírito Santo, entrará em operação o FPSO Cidade de São Mateus, que produzirá gás no campo de Camarupim, projetado para produzir 10 milhões de m3 de gás por dia. A P-51 é a primeira plataforma inteiramente construída no Brasil.

A maior descoberta da história da Petrobras, o megacampo de Tupi começará a produzir em 2008, mas ainda não em escala comercial. Está programado para o final do próximo ano um teste de longa duração de produção de óleo no local por meio de um navio-plataforma, capaz de extrair de 30 mil a 40 mil barris diários.

Produção média não alcançou meta

A estatal não alcançou, porém, a meta de produção média de 1,9 milhão de barris-dia em 2007. A extração média ficará em 1,8 milhão de barris por dia -1,82 milhão se considerada a produção em blocos nos quais a companhia está associada com outras empresas.

A diferença foi resultado de uma série de problemas enfrentados em unidades de produção que entraram em operação neste ano e do atraso no início da produção de algumas plataformas, segundo Guilherme Estrella, diretor de Exploração e Produção da Petrobras. Ele disse que isso é normal na indústria petrolífera e não comprometeu a auto-suficiência na produção de petróleo. ''O que importa é que estamos no seleto grupo das oito empresas que produzem mais de 2 milhões de barris por dia'', disse o diretor. Nessa lista estão a ExxonMobil, ChevronTexaco, Shell e BP.

Segundo o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, o maior desafio da companhia é evitar queda na extração de óleo e seguir o ritmo de consumo de uma economia em expaqnsão. ''Manter a produção num momento de aquecimento da economia não é algo fácil'', disse Gabrielli.

Da redação, com agências