Kassab e Alckmin sinalizam candidaturas e divide aliança DEM/PSDB

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), disse ontem (11/12) em cerimônia no Instituto de Engenharia, que continuará contribuindo para a cidade nos próximos anos, em tom alusivo a sua candidatura a reeleição. Aliados do ex-governador Geraldo A

Ao ser perguntado por jornalistas se considera a reeleição uma tendência natural, Kassab declarou que ''a reeleição é algo que tem de ser considerado com naturalidade, sim''. ''Vejo com naturalidade que isso seja colocado à mesa de negociação.''


 



A divulgação da última pesquisa Datafolha precipitou a disputa, no bloco PSDB-DEM, pelo direito de concorrer à prefeitura. A dez meses da eleição e para desgosto de Serra (PSDB), tucanos dão como certa a candidatura tanto do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) como a de Kassab.


 



Estimulados pelos números, os dois avisaram a aliados que vão concorrer. Alegando que interlocutores de Serra não impõem obstáculos, Kassab diz que não vê constrangimento em enfrentar Alckmin.


 



Na segunda, em entrevista ao ''Agora'', Kassab admitiu a possibilidade de ruptura da aliança PSDB-DEM. Até então, repetia que a coalizão não seria dissolvida. Ao comentar a pesquisa Datafolha (na qual tem 13% das intenções de voto), ele reconheceu a hipótese de revisão da aliança: ''É mais do que natural que a aliança possa continuar na cidade. Porém, o momento de debatê-la é o ano que vem''.


 



Para o secretário municipal de Esportes, Walter Feldman, a candidatura de Kassab ''é uma tendência natural''.


 



A idéia de que a candidatura de Kassab é legítima encontra eco dentro do Palácio dos Bandeirantes. Tucanos ligados a Serra avaliam que é difícil impedir que um prefeito se candidate à reeleição. ''É um direito dele'', afirma o vice-governador Alberto Goldman (PSDB).


 


Os defensores da candidatura Alckmin reagem. ''Respeitamos o direito do prefeito. Mas, para a decisão, devem pesar critérios objetivos, como competitividade. Alckmin é o candidato mais competitivo'', disse o deputado Duarte Nogueira.


 


Nos meios tucanos, embora exista uma divisão explícita entre apoiar Kassab e lançar candidatura própria, é dado como certa a garantia que Alckmin será camndidato se pleitear a vaga na disputa municipal. POr sua vez, o ex-governador tem agenda intensa em regiões da cidade e com partidos políticos visando uma frente política com o seu nome para 2008.


 


Marta indefinida


 


Outra candidatura competitiva na cidade, a daex-prefeita e ministra do Turismo Marta Suplicy, segue indefinida.


 


''Repito sempre a mesma coisa: estou muito feliz no Ministério [do Turismo] e com planos até para 2014 [Copa do Mundo no Brasil]'', afirmou Marta no intervalo da reunião do Conselho Nacional de Turismo.


 


No PT, a pressão de aliados é grande para a candidatura de Marta, com a alegação que este é o único nome competitivo do partido para a próxima disputa municipal. Nos bastidores, Marta Suplicy trabalha com a posição definitiva sobre sua candidatura até o final de abril, quando, segundo aliados, o cenário político estará melhor definido.


 


Do Vermelho-SP, com notícia da Folha de São Paulo