Kassab e Alckmin sinalizam candidaturas e divide aliança DEM/PSDB
O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), disse ontem (11/12) em cerimônia no Instituto de Engenharia, que continuará contribuindo para a cidade nos próximos anos, em tom alusivo a sua candidatura a reeleição. Aliados do ex-governador Geraldo A
Publicado 12/12/2007 09:44 | Editado 04/03/2020 17:19
Ao ser perguntado por jornalistas se considera a reeleição uma tendência natural, Kassab declarou que ''a reeleição é algo que tem de ser considerado com naturalidade, sim''. ''Vejo com naturalidade que isso seja colocado à mesa de negociação.''
A divulgação da última pesquisa Datafolha precipitou a disputa, no bloco PSDB-DEM, pelo direito de concorrer à prefeitura. A dez meses da eleição e para desgosto de Serra (PSDB), tucanos dão como certa a candidatura tanto do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) como a de Kassab.
Estimulados pelos números, os dois avisaram a aliados que vão concorrer. Alegando que interlocutores de Serra não impõem obstáculos, Kassab diz que não vê constrangimento em enfrentar Alckmin.
Na segunda, em entrevista ao ''Agora'', Kassab admitiu a possibilidade de ruptura da aliança PSDB-DEM. Até então, repetia que a coalizão não seria dissolvida. Ao comentar a pesquisa Datafolha (na qual tem 13% das intenções de voto), ele reconheceu a hipótese de revisão da aliança: ''É mais do que natural que a aliança possa continuar na cidade. Porém, o momento de debatê-la é o ano que vem''.
Para o secretário municipal de Esportes, Walter Feldman, a candidatura de Kassab ''é uma tendência natural''.
A idéia de que a candidatura de Kassab é legítima encontra eco dentro do Palácio dos Bandeirantes. Tucanos ligados a Serra avaliam que é difícil impedir que um prefeito se candidate à reeleição. ''É um direito dele'', afirma o vice-governador Alberto Goldman (PSDB).
Os defensores da candidatura Alckmin reagem. ''Respeitamos o direito do prefeito. Mas, para a decisão, devem pesar critérios objetivos, como competitividade. Alckmin é o candidato mais competitivo'', disse o deputado Duarte Nogueira.
Nos meios tucanos, embora exista uma divisão explícita entre apoiar Kassab e lançar candidatura própria, é dado como certa a garantia que Alckmin será camndidato se pleitear a vaga na disputa municipal. POr sua vez, o ex-governador tem agenda intensa em regiões da cidade e com partidos políticos visando uma frente política com o seu nome para 2008.
Marta indefinida
Outra candidatura competitiva na cidade, a daex-prefeita e ministra do Turismo Marta Suplicy, segue indefinida.
''Repito sempre a mesma coisa: estou muito feliz no Ministério [do Turismo] e com planos até para 2014 [Copa do Mundo no Brasil]'', afirmou Marta no intervalo da reunião do Conselho Nacional de Turismo.
No PT, a pressão de aliados é grande para a candidatura de Marta, com a alegação que este é o único nome competitivo do partido para a próxima disputa municipal. Nos bastidores, Marta Suplicy trabalha com a posição definitiva sobre sua candidatura até o final de abril, quando, segundo aliados, o cenário político estará melhor definido.
Do Vermelho-SP, com notícia da Folha de São Paulo