Fim da violencia contra a mulher

Bancada feminina da câmara dos deputados inicia campanha de 16 dias pelo fim da violência contra a mulher.

 


 


A Bancada Feminina na Câmara Federal, da qual a deputada acreana Perpétua Almeida faz parte, lançou na tarde de ontem a Campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher. O ato político ocorre há 17 anos em 135 países e, nesta edição, coincide com outra data especial: o Dia Nacional da Consciência Negra, comemorado também nesta terça-feira. “Homenageamos agora a mulher negra, que sofre um preconceito duplo – o racial e o de gênero. Buscamos mais envolvimento da sociedade e maior compromisso do Estado no enfrentamento a esse gravíssimo problema”, disse a deputada durante a solenidade que reuniu representantes do Judiciário, das Nações Unidas das comissões de Direitos Humanos e Legislação Participativa, além das ministras Nilcéia Freire (Secretaria Especial de Políticas para Mulheres) e Matilde Ribeiro (Secretaria Especial da Igualdade Racial).


A campanha se estenderá até o dia 10 de dezembro, sob o extenso slogan “Uma Vida sem Violência é um Direito das Mulheres. Está na Lei. Exija Seus Direitos. Lei Maria da Penha”.


Os movimentos feministas e de Mulheres de todo o país escolheram como marco da campanha um período que compreende outras quatro datas significativas na luta pela garantia dos direitos humanos. São elas: 25 de novembro (Dia Internacional da Não-Violência contra as mulheres),  1º de dezembro (Dia Mundial de Combate à Aids), 06 de dezembro (data do massacre de Montreal, que originou a campanha mundial Laço Branco) e 10 de dezembro (Dia Internacional dos Direitos Humanos).


A deputada Luíza Erundina, coordenadora da Bancada Feminina, atacou sentenças de alguns magistrados brasileiros, segundo as quais “afrontam e desrespeitam a Lei Maria da Penha”, em vigor no país desde o dia 22 de novembro do ano passado após criar um conjunto de medidas protetivas de urgência para assegurar sua segurança.


Este ano, a campanha inova com a apresentação de sete mulheres vitimadas, que contam, em detalhes, os diversos tipos de violência a que foram submetidas. Elas mostram o rosto e revelam sua identidade. “A exposição pública destas mulheres tem como objetivo encorajar tantas outras a denunciar e procurar uma delegacia especializada para sair da situação humilhante e desumana que vivem”, diz uma peça publicitária que será levada ao ar, em horários variados, durante a programação de TV, em cadeia nacional.


             de Brasilia Assem Neto