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Argentina: Petróleo põe Malvinas novamente em evidência

O objetivo de extrair petróleo da plataforma marítima que rodeia as Ilhas Malvinas avançou mais um passo após a decisão da mineradora BHP Biliton de comprar 40% das licenças de exploração pertencentes a uma pequena empresa exploradora. Segundo o jornal

Pelo acordo de venda de 40% das licenças de exploração, a BHP dará início às buscas de petróleo em pelo menos duas áreas nos próximos três anos. As ações da BHP Biliton aumentaram após o anúncio da compra das licenças, feito na última terça-feira (2).



O governo argentino confirmou que irá protestar “formalmente” diante da Grã-Bretanha pelo acordo de compra das licenças de exploração e produção de hidrocarbonetos no lado leste das ilhas. Segundo o Ministério das Relações Exteriores argentino, o acordo entre as mineradoras representa “um novo ato unilateral” da Grã-Bretanha.



Segundo a Falkland Oil and Gas, a plataforma marítima das Ilhas Malvinas poderia conter tantas reservas petrolíferas e de minerais quanto o Mar do Norte, e estima-se que poderiam ser retirados até 10 bilhões de barris de petróleo.



O Financial Times informou que especialistas consideram tais prognósticos muito otimistas, já que a quantidade de petróleo utilizável é muito menor do que as reservas totais em projetos de exploração.



O diretor executivo da Falkland declarou que a chegada de um sócio “tão importante” como a BHP cumpriu um grande objetivo estratégico: “A meta desse acordo era atrair uma companhia que tivesse os bolsos cheios. As companhias pequenas como nós não têm capacidade para extrair petróleo”, declarou o diretor.



A BHP afirmou que pagará à Falkland cerca de US$ 10 milhões em custos e terá o direito de aumentar suas licenças em até 65%. A empresa mineradora afirmou que pagará 53,3% dos custos de trabalho programado pelo acordo da compra de 40% das licenças, e pagará 86,5% dos custos se o acordo alcançar 65% das mesmas.



Outras companhias com interesse pelas Ilhas Malvinas, entre elas a Desire Petroleum e a Global Petroleum, também tiveram um aumento no preço de suas ações. A Desire registrou um aumento de 10%, enquanto a Global, que conta com ações da Falkland, teve um incremento de 13%.



Fonte: Ansa Latina