Márcio Batista: “A situação não quer anular a oposição na Câmara”

Em entrevista À GAZETA, Márcio afirma que a situação não quer anular a oposição na Câmara. Ele destaca propostas e projetos para o futuro político seu e do prefeito Angelim.








A GAZETA – O senhor vem acompanhando e buscando consenso entre vários assuntos polêmicos na Câmara de Rio Branco desde que assumiu a liderança da prefeitura na casa. Como está sendo administrar essa função de líder?


 


MB – Eu tenho a convicção de que ser líder pressupõe antes de mais nada acreditar no projeto ao qual se está vinculada. Portanto, precisa-se estar preparado para conviver com questões favoráveis e adversas á administração. Exerço a função não como exercício da vaidade, mas como uma delegação que a mim foi dado por forças coletivas. Claro que o êxito da administração do prefeito Angelim facilita muito a condução do papel de líder.


 


A GAZETA – O senhor é um dos nomes mais conhecidos dentro do movimento estudantil e sindical acreano. Como está sendo sua atuação nessa área como vereador?


 


MB – Bem, na condição de quem no papel de líder trabalho assencialmente para manter a governabilidade, é impraticável exercer a função de sindicalista. Temos procurado estabelecer o dialogo permanente com os governantes sociais na perspectiva de torna políticas públicas as bandeiras históricas do movimento.


 


A GAZETA – A música também é uma de suas “paixões”, e consequentemente a cultura com um todo. Na sua opinião, o Acre hoje de fato valoriza os artistas e suas obras?


 


MB – Acredito que estamos vivendo um momento novo na cultura acreana. A discussão transparente da aplicação dos recursos na área de cultura com a sociedade, exemplo maior disso é a realização da conferência municipal da cultura, que além de criar um novo sistema de cultura, cria um fundo municipal ampliando o financiamento para o patamar de 1,5%. Através do mandato tenho procurado fortalecer diferentes núcleos de cultura.


 


A GAZETA – A Câmara Municipal esta atualmente vivendo momentos polêmicos com a criação da frente GLBT, onde alguns vereadores colocam – se frontalmente contra o movimento. Como o senhor vem administrando tais questões?


 


MB – Esta questão do homossexualismo é polemica unifica nenhuma casa parlamentar, muito menos a sociedade. O que se esta reivindicando é o não preconceito á opção sexual é o reconhecimento da necessidade de se respeitar os direitos humanos das comunidades GLBT, o exemplo dos negros, dos índios, pobres, etc. O segmento evangélico se apóia em princípios bíblicos para se contrapor á frente. Acredito que uma sociedade democrática se faz com pluralidade e respeito ás diferenças.


 


A GAZETA – A cidade de Rio Branco vem recebendo um grande volume de obras na área de infra-estrutura. São investimentos em saneamento básico, abastecimento de água, e asfaltamento de ruas, calçamentos, entre outros. Como o senhor avalia essas frentes de trabalhos municipais?


 


MB – Rio Branco vive seu melhor momento ao longo dos 125 anos de existência. As intervenções da prefeitura atingiu todos os setores públicos. Limpeza, urbanizações dos bairros mais carentes e distantes, revitalização dos espaços públicos e forte ação no tratamento de esgoto, tendo como meta chegar em 2010 a uma situação de atingir 80% da sua rede constituída de bom padrão, são marcos da boa gesta do prefeito Angelim. Além deste volume de investimento, devemos destacar o caráter democrático e popular do governo municipal, por meio da criação das regionais. A população tem poder de voz no sentido de formular as suas reivindicações bem como a possibilidade de controle social da gestão.


 


 


A GAZETA – Então o senhor acredita de reeleição do prefeito Raimundo Angelim?


 


MB – A reeleição do prefeito Angelim não é o centro da questão. Todos nós, e principalmente o prefeito _ estamos muito focados em continuar este processo de universalização da cidadania fazendo os serviços municipais chagarem, sobretudo aos que mais precisão. A renovação desse projeto da frente popular em Rio Branco será conseqüência deste bom trabalho. Eu não tenho duvidas de que pela liderança e credibilidade alcançada pelo prefeito a sua convocação pelos partidos para representar estes anseios coletivos por mais quatro anos será natural.


 


A GAZETA – O senhor é candidato à reeleição?


 


MB – Esta questão será remetida ao debate junto á militância do PC do B. Acredito que não só eu, mas a bancada do partido na câmara pela qualidade dos mandatos estará disputando a reeleição.


 


A GAZETA – Não há possibilidade de seu nome ser lançado a deputado estadual de 2010?


 


MB – O PC do B reúne hoje muitas lideranças. Esta possibilidade existe dependendo do desfecho das eleições municipais de 2008 e a continuidade do trabalho do segundo mandato. Porém, é importante fazer esta discussão no mento certo e com alto grau de democracia interna. Temos nos notabilizado na política acreana também pela boa capacidade de construir nosso projeto eleitoral sempre resguardando nossa unidade interna.


 


A GAZETA – Sua atuação como líder vem sendo bastante reconhecida pelo relacionamento de equilíbrio mantido com vereadores de oposição, fazendo até mesmo com as matérias da prefeitura sejam apreciadas de forma positiva por eles. Como vem se dando esse relacionamento?


 

MB – Com base no respeito á oposição, procurando dialogar a exaustão. Eu não tenho nenhum interesse em anular a oposição. Temos uma longa experiência neste campo. Sabemos que a relação madura com o contraditório legitima o processo democrático. Tenho procurado garantir a eles condições para o exercício do processo de fiscalização da gestão sem fazer da maioria no