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Congresso do PT: CNB confirma maioria e elege as três teses guias

O 3º Congresso Nacional do PT entra neste sábado (1º/9) no seu segundo dia após ter sido aberto de forma protocolar na sexta-feira (31). Como já era esperado, o grupo majoritário, organizado no Congresso em torno da tese ''Construindo um novo Brasil (C

Cada um destes eixos foi debatido e votado separadamente. No total, 12 teses, assinadas por diferentes tendências partidárias, apresentaram resoluções sobre estes temas. Renomadas lideranças das diversas tendências foram escaladas para defender cada uma das teses. Terminadas as defesas de cada tema, os quase mil delegados participantes votaram, levantando seus crachás, naquela que seria eleita a tese guia. A votação deu-se por contraste visual e, pelo menos na votação do eixo de conjuntura nacional, ''O Brasil que queremos'', não restaram dúvidas sobre a prevalência da bancada da CNB sobre as demais teses.


 


Em nenhuma das votações foi preciso fazer a contagem um a um dos votos, pois todas as decisões deram-se por contraste visual, indicando que pelo menos metade dos 931 delegados eleitos está ''fechada'' com a CNB, a outra metade está dividida entre as demais teses.


 


Entre os grupos minoritários, destacaram-se nestas primeiras votações do Congresso petista os grupos articulados em torno da tese ''A Esperança é Vermelha'' (apoiada principalmente pela Articulação de Esquerda) e os grupos articulados em torno da tese ''Mensagem ao Partido'', que reúne tendências como a Democracia Socialista (DS). Nenhum destes dois grupos, porém, chega a reunir mais de 20% dos delegados.


 


Alguns setores egressos do antigo Campo Majoritário também assinam a tese “Mensagem ao Partido” que, ao que tudo indica, tem a segunda maior quantidade de delegados no Congresso. Nomes de expressão nacional, como o ministro da Justiça Tarso Genro, o governador de Sergipe Marcelo Deda e o deputado federal José Eduardo Martins Cardozo (SP), que eram mais alinhados com o setor hegemônico do PT, assinam essa tese.


 


Em público, nenhuma liderança petista arrisca dizer qual a porcentagem de delegados que cada grupo levou ao Congresso. Mas, nos bastidores, todas as principais tendências já têm mapeado o tamanho exato das bancadas.


 


Entretanto, o apoio às teses não representa automaticamente a correlação de forças existentes no plenário pois é comum que grupos retirem suas propostas em determinadas votações para apoiar resoluções de outros grupos, como aconteceu na votação do quesito ''PT, concepção e funcionamento'', quando a tese ''Um novo rumo para o PT'' recebeu a adesão de vários outros grupos e chegou a colocar em dúvida o favoritismo da CNB.


 


Veja abaixo a lista das teses apresentadas e as respectivas tendências que as apóiam:



“Construindo um novo Brasil”, apresentada por integrantes do ex-Campo Majoritário, composto especialmente pela Articulação.



“Um novo rumo para o PT”, apresentada por integrantes do ex-Campo Majoritário.



“Mensagem ao partido. O PT e a revolução democrática”, apresentada por integrantes do ex-Campo Majoritário, pela Democracia Socialista e outros grupos.



“PT de lutas de massas, solidário e socialista”, apresentada pela tendência PT de Luta e de Massas.



“Por todos os sonhos! Por todas as lutas!”,apresentada pela tendência Movimento PT.



“Redemocratizar o PT, democratizar o Estado e a sociedade”, apresentada pela senadora Serys Slhessarenko e outros militantes.



''Desenvolvimento, democracia com participação cidadã e diversidade'', assinada por filiados do grupo Democracia Para Valer.



“A esperança é vermelha. 2007 e os próximos anos: abrir um novo período na história do Brasil”, apresentada pela Articulação de Esquerda, Esquerda Democrática e Popular e outras tendências.



“Socialismo é luta”, assinada por 1152 filiados ao PT.



“Por um PT militante e socialista”, apresentada pela Tendência Marxista, pela Tribo (Minas Gerais) e por outros setores.



“Um programa socialista para o Brasil”, assinada por 678 filiados da divisão da tendência O Trabalho.



“13 pontos para uma plataforma de soberania nacional”, assinada por filiados que compõe o grupo restante de O Trabalho.



Outros grupos menores, como A Tendência Marxista do PT, por exemplo, não apresentaram teses globais, mas apenas projetos pontuais e emendas.