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Manifestação oportunista em São Paulo fracassa

Movimento ''Cansei'' reuniu no início da tarde de sexta-feira (17) de 2 a 5 mil pessoas (de acordo com a grande mídia e a Polícia Militar) na Praça da Sé, em São Paulo, diante da Catedral da Sé. Parentes das vítimas da tragédia da TAM sentiram-se usados p

O ato do golpista ''Movimento Cívico pelo Direito dos Brasileiros'', o Cansei, foi marcado por desorganização por parte das lideranças e revolta dos familiares das vítimas do acidente com o Airbus da TAM, que completou um mês nesta sexta-feira (17). Cerca de 40 parentes, vindos de todas as partes do País, compareceram a Praça da Sé, mas não puderam subir ao palco que foi montado no local para os organizadores e artistas que compareceram ao ato.



Eles foram impedidos por seguranças de subirem no palco de cerca de 80 m² montado em frente à Catedral da Sé. O espaço era ocupado por famosos como a apresentadora Hebe Camargo, o cantor Agnaldo Rayol, o ator Paulo Vilhena, o ex-nadador Fernando Scherer e as cantoras Wanderléia e Ivete Sangalo.



''A Ivete perdeu alguém?''



Arthur Gomes, irmão de uma das vítimas, também criticou o movimento. ''Nós somos as pessoas que éramos para estar aqui. A Ivete Sangalo perdeu alguém? A Hebe Camargo perdeu alguém? Não perderam. Tem um monte de segurança aqui não sei para que'', desabafou.



Luiz Flávio Borges D'Urso, presidente da seção paulista da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e um dos emuladores do ''Cansei'', desconversou que ''infelizmente não dava para subir todo mundo e acabamos tendo alguns problemas''.



Enquanto o protesto acontecia, os familiares ficaram retidos na rampa de acesso ao palco. Sequer a presença do grupo foi citada pela organização. ''Disseram que o palco estava cheio e que poderia cair se subíssemos. Estava cheio de artistas e seguranças. Nós éramos quem deveria estar lá em cima'', disse Luciana Haensel, filha de Ângela Haensel, que veio de Porto Alegre para participar do ato em memória de sua mãe, passageira do vôo 3054 da TAM.



''Isso não nos abala. Vamos fazer a nossa homenagem logo mais, à tarde. Fomos usados por este movimento'', disse Ana Queiroz, mãe de Arthur Queiroz, vítima do acidente aéreo, que veio do Recife. Familiares das vítimas farão às 17h30, uma passeata do saguão do Aeroporto de Congonhas, zona sul da capital paulista, até o local do acidente, onde depositarão flores sobre os escombros.



Exausta, a dissidência não comparece



Dizem as más línguas, que mal começou e o ''Cansei'' já tem sua dissidência. Ontem, por exemplo, Regina Duarte e Ana Maria Braga, que prometeram presença no evento da praça da Sé, simplesmente não apareceram. Estariam ''exaustas''.