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Talibã espera libertar sul-coreanos “hoje ou amanhã”

Ao fim de conversações diretas com funcionários do governo de Seul, o Talibã comunicou neste sábado (11) que espera libertar “hoje ou amanhã” os 21 sul-coreanos tomados como reféns no Afeganistão. “Asseguramos a vocês e ao mundo inteiro que todos os corea

No entanto, o chefe da equipe de negociadores do Talibã na cidade afegã de Ghazni, Qari Yusuf Bashir, disse que permanece a reivindicação original de libertação de 21 prisioneiros do Talibã que se encontram em cárceres afegãos, em troca dos reféns.
Dan Nolan, correspondente da Al Jazira no Afeganistão, registra que ao longo dessa crise “o goiverno afegão tem mantido a linha de não libertar qualquer prisioneiro do Talibã. Para usar suas palavras, eles não querem que a captura de reféns se transforme em uma indústria”, diz Nolan.



Em aparente contradição com o que o governo afegão tem dito, Bashir garantiu que Cabul aceitaria suas reivindicações e que as partes afegã e coreana já tinham aprovado uma “troca de prisioneiros”. Falando na Cruz sticking ermelha afegã, onde transcorreu o segundo dia de negociações, Bashir disse: “Temos grandes esperanças de que a crise dos reféns seja resolvida hoje ou amanhã; oxalá”.



O negociador do Talibã disse também que os reféns, na maioria mulheres, estão a salvo e com saúde, e que estava “otimista com o resultado das conversações”. Os entendimentos entre líderes do Talibã e funcionários sul-coreanos, que começou na quinta-feira, foi o primeiro contato direto desde a captura dos coreanos.
Qari Yousef Ahmadi, um porta-voz do Talibã, disse à Al Jazira que seus representantes tinham recebido garantias por escrito do governo afegão, no sentido de que não seriam detidos no encontro. Este se seguiu a vários dias de impasse nas negociações visando liberar os reféns.



Nolan qualificou o desenvolvimento da situação como “dando lugar a muitas esperanças”. Ele ahregou que “passou-se quase uma semana em busca de um encontro apropriado para estabelecer negociações diretas”.



Vinte e três sul-coreanos, trabalhando para um grupo religioso como voluntários, foram capturados em 19 de julho, quando viajavam num ônibus, de Cabul para a cidade meridional de Kandahar. Desde então dois homens foram executados pelo Talibã.



O governo de Seul chamou as organizações sul-coreranas de assistência a abandonarem o Afeganistão até o fim do mês, mencionando razões de segurança, conforme um funcionário da embaixada declarou à agência Associated Press.
Ahmadi disse que a retirada do pessoal sul-coreano ajudaria nas negociações com o Talibã. Cha Sung-min, porta-voz das famílias dos reféns na Coréia do Sul, disse que as mães de várias das mulheres capturadas viajariam para Dubai na semana que vem, em busca de ajuda no mundo árabe.



Fonte: Al jazira (http://english.aljazeera.net)