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Britânicos encerram operações militares na Irlanda do Norte

Os militares britânicos completaram na segunda-feira (31/7) os últimos preparativos para colocar fim nesta quarta-feira (1.º/8) a suas operações na Irlanda do Norte, após 38 anos de ocupação na região, ao delegar as tarefas de segurança à polícia

A “Operação Banner” — definida oficialmente como apoio militar britânico à polícia da Irlanda do Norte, embora nacionalistas católicos a definam como o lançamento de uma guerra contra eles — representou a retirada de aproximadamente 300 mil soldados em quase quatro décadas de conflitos.



Um porta-voz das forças armadas britânicas confirmou hoje que um “bastião de paz” de 5.000 soldados permanecerá na Irlanda do Norte e acrescentou que as tarefas de segurança ficarão sob responsabilidade da polícia local.


 


As tropas britânicas foram enviadas à Irlanda do Norte em 1969, após violentos conflitos entre grupos protestantes, que defendiam o poder colonial da Grã-Bretanha sobre a Irlanda do Norte, e os católicos, a favor da independência e posterior reunificação com a República da Irlanda.


 


Em conseqüência dos conflitos armados, nas últimas três décadas mais de 3.600 pessoas morreram, entre eles cerca de 2.000 civis e quase mil membros das forças de segurança.


 


Segundo o comandante em chefia das forças armadas britânicas na Irlanda do Norte, o general Nick Parker, as operações militares “ajudaram a criar as condições para uma solução política”.


 


A decisão da retirada foi adotada um mês depois da reabertura da Assembléia de Stormont, formada pelos principais partidos políticos da Irlanda do Norte, entre eles o protestante União Democrático da Irlanda do Norte (DUP, na sigla em inglês) e o católico Sinn Fein.