“Fridomania” ofusca Diego Rivera, diz escritora

A escritora mexicana Elena Poniatowska disse nesta sexta-feira (13) que a chamada “fridomania” – um quase “culto” à mexicana Frida Kahlo – ofuscou a figura do grande artista que foi seu marido, o muralista Diego Rivera. Neste ano, comemora-se o cente

No Brasil, Elena já publicou A Pele do Céu pela editora Objetiva. A autora de Hasta No Verte Jesús Mio condenou que se tenha esquecido que este ano completam-se 50 anos da morte de Rivera, “um dos pintores mexicanos mais importantes do século 20”, nas palavras da escritora.


 


“Mas a ele não foi feita nenhuma homenagem – foi totalmente preterido por sua mulher”, afirmou a novelista, autora também de El Tren Pasa Primero, com o qual ganhou recentemente, na Venezuela, o Prêmio Internacional Rómulos Gallegos.


 


O Palácio de Belas Artes, maior recinto da arte e da cultura mexicana, é cenário de uma grande exposição em honra a Frida. A mostra Homenagem a Frida Kahlo (1907-2007) permanece aberta até 19 de agosto.


 


Cerca de 8 mil pessoas passaram em um único dia pelas oito salas do Palácio de Belas Artes, onde estão expostas 65 pinturas a óleo e auto-retratos, quase 45 desenhos, 11 aquarelas e cinco gravuras, assim como documentos inéditos e manuscritos.


 


Elena afirmou acreditar que as autoridades culturais vão organizar também uma mostra semelhante em homenagem a Rivera, um dos três maiores nomes da pintura nacionalista mexicana e um destaque do muralismo no século 20. A escritora disse que, no total, uma dezena de recintos culturais presta homenagens a Frida.