Bolívia pede reunião com Brasil para tratar do Rio Madeira

O governo boliviano pediu a Brasília uma “urgente reunião” para analisar o projeto brasileiro de construção de duas represas sobre o rio Madeira, na fronteira entre os dois países.


O ministro das Relações Exteriores da Bolívia, David Choquehuanca, informou nesta quarta-feira (11) que já transmitiu o pedido formal à chancelaria brasileira e espera que o encontro aconteça o mais breve possível.



O objetivo boliviano é propor a realização de estudos oficiais prévios que apontem o impacto ambiental que as represas causariam à região, situada na divisa norte do país andino. Por se tratar de uma região de fronteira, La Paz teme que as conseqüências transcendam o território brasileiro e cheguem a terras bolivianas.



O Madeira, um afluente do rio Amazonas, concentra quase todas as águas da metade Norte da Bolívia e é apontado como uma importante via de transporte ligando a cordilheira dos Andes ao oceano Atlântico.



O chanceler boliviano disse que o Brasil não cumpriu um compromisso firmado no ano passado, de informar permanentemente a Bolívia a respeito dos estudos sobre as duas hidrelétricas e, em especial, a respeito dos impactos sobre a flora, a fauna, a saúde e a sedimentação a serem provocados pela formação das represas.



Os projetos de Jirau e Santo Antônio, cidades localizadas a 84 e a 190 quilômetros da fronteira boliviana, respectivamente, inundariam um total de 529 quilômetros quadrados de área, segundo informações dos meios de comunicação bolivianos.



Da redação, com agências