13 fotos, 8 mil estudantes e uma bandeira: ''Fora Meirelles''

Este é o resumo da galeria de fotos (abaixo) do protesto da UNE, e das entidades da Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS), na tarde desta sexta-feira (6) na Esplanada dos Ministérios em Brasília. Os 8 mil estudantes que participam do 50º Congresso da U

A concentração da manifestação começou por volta das 15 horas em frente a Catedral de Brasília. De lá eles seguiram em passeata para frente do Banco Central (BC) onde realizaram um ato para exigir mudanças mais profundas no país, a começar pela demissão do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.


 


Apoio


 


Ao chegarem em frente ao BC os estudantes jogaram tintas verde e amarela em direção ao prédio. “As cores verde e amarela que estão na calçada do Banco Central representam a vontade dos estudantes e dos movimentos sociais de que a política econômica do governo esteja de acordo com os interesses do povo brasileiro e não com os bancos estrangeiros”, disse o presidente da UNE, Gustavo Petta, na manifestação.


 


Desde a chegada dos estudantes até o final do protesto uma permanente chuva de papel picado caiu das janelas do BC, simbolizando o apoio dos trabalhadores. “Ter presenciado esta imagem de amplo apoio dos trabalhadores do Banco Central teve um significado muito importante para esta manifestação, e podem significar que nem mesmo os funcionários do Banco estão concordando com esta política econômica de juros e superávit adotada pela instituição”, falou Petta.


 


Um ator, interpretando um militar, abriu uma caixa preta intitulada “Arquivos da ditadura” e encenou a queima de documentos do período da ditadura militar no Brasil ao final da manifestação. A intervenção cultural representou o pedido da UNE pela abertura dos arquivos da ditadura e, ao mesmo tempo, uma comemoração pela indenização concedida em sessão inédita da Comissão de Anistia – a primeira de sua história fora do Ministério da Justiça – a dois ex-presidentes da entidade, Aldo Arantes e Jean Marc Deir Von Weid, na manhã desta sexta na UnB, durante o congresso.


 


A CUT, a CGTB (Confederação Geral dos Trabalhadores do Brasil), a Conam (Confederação Nacional de Associações de Moradores), a Marcha Mundial das Mulheres e o Comitê pela Revisão do Leilão da Vale do Rio Doce foram algumas das entidades da CMS a falaram no protesto.
          


Segundo a Polícia Militar, que mobilizou para a operação 700 homens, a manifestação ocorreu de forma tranqüila.


 


Votações


 


Neste sábado (7) se iniciarão as votações do 50º Congresso da UNE. As resoluções da entidade serão votadas pelos 4.302 delegados credenciados ao congresso e eleitos pelo voto direto e em urna pelas suas universidades. A estudante de jornalismo de SP, Lúcia Stumpf (que na foto abaixo está ao lado de Petta) tende a ser eleita pelo movimento “Eu quero é botar meu bloco na rua”, para a presidência da entidade Lúcia no domingo (8), quando acontecerá a eleição da nova diretoria da UNE.


 


Segundo Lúcia, a principal votação do sábado será um calendário de lutas que tem como principal data uma jornada de protestos para o mês de agosto por mais verbas para as universidades públicas. “Queremos sair deste 50º Congresso com uma turma mobilizada e animada para tomar as ruas em agosto e comemorar em grande estilo os 70 anos da UNE: fazendo muitas manifestações por mudanças na política econômica e por mais verbas para a educação superior”, disse Lúcia que também é filiada a União da Juventude Socialista (UJS) e ao PCdoB, como Petta.     



 


Por Carla Santos,


de Brasília