Relatório: jovens em situação de risco

O Banco Mundial lançou nesta segunda-feira (25), em Brasília/DF, o relatório inédito “Jovens em situação de risco no Brasil”. Segundo o relatório, os comportamentos de risco na juventude levam o Brasil a perder R$ 300 bilhões por geração. 


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O texto resume a incidência dos comportamentos de risco na juventude (15-24 anos), como repetição escolar e abandono da escola, ociosidade, uso de drogas, violência, iniciação sexual precoce e práticas sexuais arriscadas, e identifica fatores associados a eles, como gênero, raça, renda e localidade.


 


 


A pesquisa também revela que os comportamentos dos jovens diferem enormemente entre as regiões do País, e que são necessárias estratégias específicas para tratar de suas causas e conseqüências. Os autores desenvolveram o Índice de Bem-Estar Juvenil para medir essas variações.


 


 


Para reduzir o número de jovens em risco, o estudo sugere como medidas gerais a criação de um ambiente de redução de riscos, com o fortalecimento de comunidades e famílias, investimento na primeira infância e na permanência na escola. Para os jovens já em risco, são defendidas ações individualizadas para reintegração e reabilitação, baseadas na família, e uma melhor coordenação entre os esforços sociais, como entre o governo federal, governos estaduais, sociedade civil, setor privado e comunidades.


 


 


A pesquisa revela que os comportamentos dos jovens diferem enormemente entre as regiões do País, e que são necessárias estratégias específicas para tratar de suas causas e conseqüências.


 


 


Os autores desenvolveram o Índice de Bem-Estar Juvenil para medir essas variações. Neste índice, que sintetiza a situação dos jovens em diversos indicadores sociais, os jovens do Distrito Federal e de Santa Catarina são os menos expostos ao risco.


 


 


O relatório também faz comparações internacionais, e mostra que o contingente de jovens em situação de risco no Brasil é grande se comparado com outros países, principalmente no que se refere a violência, desemprego, subemprego e nível acadêmico. Já na área sexual, os jovens brasileiros estão à frente da América Latina no uso de preservativos e práticas sexuais seguras.


 


 


O relatório do Banco Mundial será um dos estudos utilizados em diversas pesquisas acad~emicas em curso no Brasil relacionadas à Juventude. Entre outros, o Centro de Memória e Estudos da Juventude (CEMJ) é um dos Institutos que pesquisa temas relacionados a juventude e recentemente acadêmicos da Unisul e da UFSC iniciaram um Projeto para analisar a temática da violencia na juventude. Entre os desafios destes estudos está comprovar as teorias do Banco Mundial e, fundamentalmente, se auxiliam os governos e as sociedades latino-americanas, em particular a juventude brasileira no enfrentamente de seus dilemas e desafios.


 


 


 


De Florianópolis


Vinícius Puhl


Foto Daniel Conzi


Com informações do Banco Mundial