Buenos Aires serve de teste à presidencial argentina

Mais de 2,5 milhões de eleitores da capital argentina escolhem neste domingo (3) o seu prefeito, numa votação que apoarece como teste para as urnas presidenciais de outubro. “Vamos ganhar as eleições portenhas com amplitude, amor e paixão”, declarou recen

Ao apoiar o seu ministro da Educação para a prefeitura de Buenos Aires, o presidente espera que ele suplante o atual prefeito, Joirge Telerman, e passe ao segundo turno. Aí irá enfrentar o favorito Mauricio Macri, da direitisya PRO (Proposta Republicana).
A consulta na capital federal assinala o prolongado calendário eleitoral deste ano. E seus resultados mudarão as estratégias com vistas à sucessão presidencial em 28 de outubro.



Conforme observadores políticos, “o voto dos portenhos talvez não mude a eleição presidencial, mas emitirá sinais que complicarão os cenários”. Mais precisamente, agregam, “Kirchner enfrenta em Buenos Aires o teste eleitoral mais importante antes das presidenciais”.



Isto se percebe no empenho do presidente e seus auxiliares em apoiar Filmus, durante o comício de encerramento da campanha, no Luna Park. Kirchner abraçou-se ao candidato e pediu, “dom os braços abertos e o coração aberto: eleitores da capital, ajudem-nos a continuar mudando a Argentina, precisamos disto”.



Para o analista argentino Edgardo Mocca, “um triunfo de Macri ou Telerman aguçaria as tendências à polarização e daria oxigênio à possibilidade de algum amálgama oposicionista para outubro”. Já a eventual vitória de Filmus seria, obviamente, uma afirmação da iniciativa em mãos da equipe de governo, registrou.



Para Mocca, é difícil que o resultado portenho, seja qual for, altere o quadro de predomínio eleitoral do governo Kirchner nas presidenciais. Ele argumenta que nenhuma pesquisa dá menos de 25 pontos de vantagem ao presidente ou a sua mulher, Cristina Fernández, em relação ao segundo colocado.