O Estado do Pará é o segundo com mais presos provisórios do Brasil

De acordo com relatório feito pela Universidade Federal do Pará na I Conferência de Direitos Humanos e Equidade Social, o Estado do Pará é o segundo do país com o maior número de presos provisórios cumprindo pena sem condenação

A população carcerária do sistema penal que chega atingir aproximadamente nove mil detentos no Estado, pelo menos seis mil ainda não foram a julgamentos. Sendo que somente mil e quatrocentos e trinta são sentenciados.


 


Segundo Socorro Gomes, Secretária Estadual de Justiça e Direitos Humanos, só o Estado de São Paulo fica na frente do Pará em população carcerária.  Enfatiza ainda que a maioria desses presos são pobres e esperam um julgamento.


 


O diagnostico levanta ainda outros dados. Na questão da violência as vitimas são em sua grande maioria a juventude na faixa etária de 15 a 19 anos de idade.


 


Quando se fala de homicídios os dados são alarmantes, de 1993 a 2003, aumentou em 100% na grande Belém.


 


As denuncias de trabalho escravo ainda é uma triste marca  no Pará, sendo que é preciso aumentar a fiscalização para acabar com essa triste realidade que envergonha o Estado brasileiro. Em 2003 foram denunciados no Brasil 3.923 situações de escravidão, com a libertação de 1.870. Nos anos de 2000 a 2006 foram libertados 7.247 pessoas em regime de escravidão no Pará.


 


A violência contra mulher ainda é muito grande chegando a 10.145 notificações, afirma Socorro Gomes.


 



A I Conferência Estadual de Direitos Humanos e equidade Social, aconteceu  no Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, em Belém de 24 a 25 maio.


 


O evento tem também o objetivo de aprovar as diretrizes para construir uma política de direitos humanos para o Estado do Pará, além de constituir um Sistema de Direitos Humanos.


 


O Estado brasileiro e paraense tem uma enorme dívida com a sociedade e com a história, pois nesse período vários heróis e heroínas da luta do povo foram vitimados, a exemplo de Paulo Fonteles, João Canuto, Expedito, Batista, Gabriel Pimenta, Irmã Doroth, os 19 sem terras assassinados em Eldorado do Carajás, os lutadores cabanos entre tantos que deram suas vidas por um país melhor e pela liberdade.


 


O Estado paraense deu um grande passo na luta pela efetivação dos direitos universais do ser humano com a realização da I Conferencia de Direitos Humanos e Equidade Social.


 


De Belém,
Moisés Alves