Colômbia: Estudantes prometem paralisação geral nesta semana

Os estudantes da Universidade de Cauca, desde os primeiros dias do mês de abril, declararam em Assembléia permanente manifestar seu repúdio contra a privatização da Universidade Pública, e ao novo Plano Nacional de Desenvolvimento, que promove a privatização do ensino superior, privando milhões de colombianos do acesso à possibilidade de acesso à educação.

“Neste contexto de privatização e extinção da universidade pública à luz do terrorismo de Estado desenvolvido pelo governo Narco-Paramilitar de Uribe, se executa um novo plano contra um dos direitos legítimos do povo colombiano”, afirmam os estudantes em comunicado.

Eles acrescentam que acabar com a universidade pública na América Latina é um processo voltado para que milhares de estudantes pobres e marginalizados sejam lançados às faces da “economia de mercado”, mantida pela universidade privada e elitista.

Resistência
Segundo informam, o protesto estudantil cresce por todo o país. Nas universidades de Cauca, Sur Colombiana, de Pamplona, Industrial de Santander, de Calda, do Quindió, Pedagógica e Tecnológica da Colômbia, na ESAP, assim como nas seções de Palmira e Manizales da Universidade Nacional, foi decidida democraticamente a continuidade da resistência na Universidade do Atlântico, onde o movimento universitário alcançou seu auge.

Em seus últimos pronunciamentos, os estudantes declararam que “nossa luta é contra os cortes orçamentários, as reformas de estatuto, acadêmicas e reguladoras excludentes e a administração universitária tirânica; é uma luta estrutural, que se converte em exigências concretas e evidentes em busca pela excelência acadêmica, da manutenção da educação pública, da educação ao serviço do povo e seus interesses e custeada pelo Estado. Nessa ordem de idéias, a luta pela educação pública é a luta pelo conhecimento, pela orientação popular, ou seja, pelo desenvolvimento dos povos”.