Eleição na Armênia tem vitória de aliados da Rússia

A mídia pro-ocidental armênia afirma que “como regra geral, as eleições na Armênia, ex-república soviética, são recheadas de violações e fraudes”. A afirmação existe  desde que o país se separou da extinta URSS, em 1991. As últimas eleições, para o p

Membros da oposição denunciaram inúmeras irregularidades na quarta eleição parlamentar desde 1991. As denúncias vão de compra de votos, falsificação de listas, ausência de cédulas a intimidação, sempre a favor dos partidos governistas, especialmente o Partido Republicano.



Dentro das normas



Javier Solana, chefe de Relações Estrangeiras e Segurança da União Européia, elogiou nesta segunda-feira (14) as eleições no país europeu, afirmando que foram realizadas dentro de padrões internacionais.



Solana disse que a eleição teve um “progresso considerável” e que foi realizada dentro das normas da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) e do Conselho da Europa. Ele também sublinhou que as eleições foram as primeiras desde que a União Européia e o país assinaram o Plano de Ação Política de Vizinhança em 2006.



O resultado da eleição, divulgado no domingo, declarou como vencedor o Partido Republicano Armênio (PRA), que recebeu o apoio de quase meio milhão de eleitores (457.032), 32,89% do total de 1.389.521 votos emitidos.


 


Em segundo lugar aparece o também governista Armênia Próspera, com 14,7% (204.443 votos), um resultado pior do que indicavam as pesquisas. A Federação Revolucionária Dachnaktsutiun, também próxima ao governo — é a terceira, com 12,75% (177.192 votos), enquanto o principal partido opositor Orinats Erkir (País da Lei) ficou com 6,85% (80.890 votos).



O último partido a superar a barreira mínima de 5% para chegar ao Parlamento, com 5,7%, foi o Partido Herança, liderado pelo ex-ministro de Relações Exteriores Raffi Hovhannisyan, apoiado abertamente pelos Estados Unidos.



OCDE classifica como “democrática”



A Comissão Eleitoral do país recebeu cinco queixas; o Ministério Público, 30; os juízes de primeira instância, 51 denúncias; e a Procuradoria e a Polícia receberam 21.


No entanto, os observadores internacionais convocados pela OCDE afirmaram que as eleições, “no geral”, foram democráticas.



O presidente da Armênia, Robert Kotcharian, no poder desde 1998, garantiu às instituições européias que a eleição seria justa, mas se manifestou contra o financiamento de partidos oposicionistas pelo Ocidente. Para ele, esses partidos não poderiam ter acesso ao Parlamento.



Tanto União Européia quanto Estados Unidos investiram intensamente em partidos armênios, ameaçando de retirar as ajudas internacionais ao país “caso houvessem fraudes nas eleições”.


 


Da redação, com informações da RIA-Novosti e Hetq