Próximo passo de Evo será a industrialização da Bolívia

O presidente da Bolívia, Evo Morales, disse que fará investimentos para aumentar a produção das duas refinarias compradas da Petrobras por US$ 112 milhões esta semana. Segundo informações da Agência Boliviana de Notícias (ABI), ele pretende superar as dif

Nesta terceira etapa da nacionalização dos hidrocarbonetos, Evo afirmou que a Bolívia não vai apenas recuperar a propriedade dos recursos naturais, mas avançar em direção à industrialização. Dentro da proposta de ter sócios e não patrões, a empresa Braskem seria bem-vinda. Maior petroquímica da América Latina, a Braskem foi criada por empresários brasileiros e tem sede no Rio Grande do Sul. A empresa já anunciou interesse em investir na Bolívia.


 


“Quero confirmar esta noite que vamos continuar melhorando, vamos continuar investindo para que estar refinarias elevem sua produção, uma vez que passem às mão do Estado boliviano. Amanhã, começa a assinatura de um novo contrato de compra e venda com a Petrobras”, disse Morales, em discurso realizado ontem (10) à noite. ” Hoje a Bolívia marca uma nova história no processo de recuperação dos recursos naturais, como também de algumas empresas do Estado, que foram privatizadas e vendidas a empresas estrangeiras. ”


 


O presidente boliviano prometeu respeitar a estabilidade laboral dos empregados que trabalham nas duas refinarias compradas da Petrobras. Por conta da retomada das refinarias, ele decretou amanhã (12) como “dia do regozijo” nas cidades de Santa Cruz e Cochabamba.


 


Em seu discurso, Evo Morales afirmou que seu governo respeita tanto as propriedades privadas nacionais como internacionais. Segundo ele, no entanto, os recursos naturais são estatais. Outras propriedades podem ser adquiridas tanto por bolivianos, por países ou empresas.


 


De acordo com a ABI, atualmente a Bolívia produz, em matéria de hidrocarbonetos líquidos, aproximadamente 50 mil barris de petróleo por dia, dos quais 25 mil são refinados em Gualberto Villarroel, do Vale Hermoso, e 16,5 mil em Guillermo Elder Bell, em Santa Cruz, refinarias que até então pertenciam à Petrobras.