Presidente do Banrisul não convence oposição

O pronunciamento do presidente do Banrisul, Fernando Lemos, que nesta quinta-feira respondeu às denúncias do vice-governador Paulo Afonso Feijó, não convenceu o Sindicato dos Bancários nem a oposição na Assembléia Legislativa.

Fernando Lemos rebateu as acusações envolvendo empréstimos a empresas, contratos de publicidade e contratações de consultorias sem licitação. “Não há nenhum fato aqui no banco que não seja formal. Todas as nossas operações são formais, todos os nossos trabalhos são auditados. Tudo isso é feito no Banrisul não porque o presidente quer, mas porque é uma responsabilidade do quadro gerencial da instituição. Não existe aqui nada que possa macular a imagem do Banrisul”, afirmou.


A contratação de uma consultoria da Fundação de Apoio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Faurgs) é um dos temas que, na avaliação do sindicato, não foram esclarecidos. O alto valor do contrato, a ausência de licitação e o fato de a Faurgs ter subcontratado serviços são algumas das questões levantadas.


O vice-governador havia denunciado que o consultor Lauro Tachibana, subcontratado pela Faurgs, estaria recebendo R$ 1 milhão por mês, informação negada por Fernando Lemos.


“Não há absolutamente nada, nenhuma empresa ganhando R$ 1 milhão por mês, nenhuma pessoa ganhando R$ 1 milhão por mês. O que há é um projeto gigantesco feito pela Faurgs, que nós implantamos aqui no banco”, diz.


O projeto com a Faurgs é de prestação de serviços de Tecnologia da Informação (TI) e para a elaboração de um plano de modernização do banco. O Banrisul já pagou, ao todo, mais de R$ 90 milhões pelos projetos.


Outras questões, como empréstimos ao Banco Matone e anúncios de lucratividade recorde às vésperas da assembléia dos acionistas intrigam à bancada de oposição na Assembléia, que insiste em ouvir Fernando Lemos. Os deputados formalizaram a proposta de ouvir o presidente do banco na Comissão de Serviços Públicos.


CHASQUE