Dirigente da Unegro ressalta papel do Pará na luta contra discriminação

Aconteceu na tarde desta sexta-feira, 4,  na Secretaria Executiva de Justiça e Direitos Humanos do Estado do Pará, uma grande reunião com dezenas de militantes do movimento negro do estado. O objetivo do evento era preparar a Plenária Estadual da UNE

A reunião contou com presença de personalidades expressivas do movimento negro do Pará e do Brasil, como o Jorge Lopes Farias, Delegado Regional do Trabalho, Jairo Rodrigues, presidente Estadual da UNEGRO/PA e Edson França, da Comissão Nacional de Movimentos Sociais do PCdoB e da Executiva Nacional da UNEGRO. Participaram como convidados outras entidades do movimento como, CEDENPA e MOCAMBO. O encontro da UNEGRO paraense ficou marcado para o dia 26 de junho,  em Belém. ''Vale ressaltar que o Pará é referência da luta negra e atualmente é o movimento mais organizado do Norte do Brasil'', disse França em entrevista concedida ao Vermelho.


 


 


Qual o objetivo da sua vinda no Estado do Pará?


Em primeiro lugar, vim apresentar as teses do Encontro Nacional da UNEGRO marcado para junho e também, estará acontecendo quatro encontros nacionais do movimento negro do Brasil, onde o Pará será sede de um deles. Neste sentido, buscarei articular esse evento aqui, palco de luta da Amazônia.


 


 


Por que o Estado do Pará?


Devido a questão da Amazônia ser fundamental para elaboração de um projeto político para o Brasil e os negros estarem inseridos nisso. Também porque no Pará existe a  maior concentração de quilombolas no Brasil. O estado que tem o maior número de terras quilombolas regularizadas e em sua constituição tem artigo voltado da afirmações contra o racismo.


 


 


Como está o movimento negro organizado no Brasil?


Diria que está tomando força e corpo depois da presença do governo Lula, que tentou acabar com as desigualdades sociais e programas que combatem o racismo. Vale ressaltar que o Pará é referência da luta negra e atualmente é o movimento mais organizado do Norte do Brasil.


 


 


Como a UNEGRO está abordando a questão de políticas públicas de combate à discriminação e ao racismo no Brasil?


Temos de entender que o povo brasileiro é um povo único e miscigenado, porém algumas questões sociais precisam ser resolvidas entre as quais a questão do racismo.
Propomos no movimento, além discutir as questões especificas, atuar nas questões políticas gerais da sociedade, construindo um projeto político do movimento negro para discutir com o estado brasileiro.


 


 


De Belém,
Moisés Alves