Servidores do DMAE mobilizados no dissídio

Os servidores municipais do DMAE (Departamento Municipal de Água e Esgoto) da capital, estão em franco processo de mobilização, diante dos problemas que se acumulam e não são resolvidos pelo governo. Com data-base em 1° de maio, os funcionários esperam ve

Diversos têm sido os movimentos realizados pelos trabalhadores frente aos desmandos da governança de Porto Alegre. No dia 9 de abril realizaram protesto para garantir o pagamento de horas-extras, que não eram pagas desde janeiro. Como reação à movimentação bem sucedida dos trabalhadores, a administração resolveu instalar o expediente da perseguição aos que participaram da mobilização. Chegou a retirar o cargo de chefia de um funcionário. Esta medida teve forte repercussão entre o funcionalismo que se mobilizou novamente, em solidariedade ao colega. No dia 16 de abril houve a ocupação da sede central do departamento e a exigencia do retorno do trabalhador ao seu cargo de direito. A direção do DMAE mais uma vez recuou, e desfez a medida.



Data base


 


Mas a falta de senso democrárico do departamento não ficou por aí. A administração, resolveu que não permitiria a realização de assembléia geral para a discussão acerca do dissídio nas dependências do órgão. Além disso realizou ameaças aos que participassem da assembléia. Diante disso houve nova reação dos trabalhadores. A assembléia ocorreu na rua, em frente ao DMAE, com a participação de cerca de mil trabalhadores.


 


Segundo Alexandre Dias, coordenador do Conselho de Representantes do DMAE junto ao SIMPA (Sindicato dos Municipários) e integrante da CSC (Corrente Sindical Classista)“o exemplo de organização dos trabalhadores do DMAE mostra que somente com unidade e disposição para a luta, poderemos conquistar nossos objetivos nesta data-base, portanto conclamo toda a categoria municipária a somar-se nesta luta”.


 


As principais reivindicações da categoria municipária são: reajuste de 20% que foi composto a partir da soma de três ítens: 14% perdas acumuladas do governo anterior; 3% da inflação do último ano e 3% de ganho real; reajuste do vale alimentação para R$ 15,00 e o aumento do número de ticktes de 25 para 30; plano de carreira; plano de Saúde que garanta assitência aos municipários.


 


Para Alexandre, assim como no DMAE, há em outras secretárias e departamentos diversas manifestações de cobrança e forte indignação com o desmonte do serviço público e a desvalorização profissional promovidos pelo governo Fogaça. “Fatos estes que geraram forte mobilização na categoria municipária, a qual realizou uma assembléia geral na tarde do dia 19 de abril. com cerca de quatro mil trabalhadores, dispostos a lutar pela vitória da pauta construída coletivamente para a data-base”.


 


O governo municipal prometeu negociar a pauta em uma primeira reunião para o dia 26 de abril.


 


Na assembléia do DMAE o PCdoB distribuiu a “Classe Operária” especial alusiva aos 85 anos do partido.