PF interroga delegados presos na Operação Furacão

Os quatro delegados presos que estão sendo ouvidos são o aposentado da PF Luis Paulo Dias de Mattos, Susie Pinheiro Dias de Mattos e Carlos Pereira da Silva, da ativa na PF, e Marcos Antonio do Santos Bretas, delegado da Polícia Civil em Niterói (RJ).

Os depoimentos estão sendo retomados hoje, depois de terem sido suspensos por volta de meio dia de ontem, porque a maioria dos acusados se manteve em silêncio, sob a alegação de que não conheciam o teor das acusações.

Atrás da parede falsa

A Operação Furacão, deflagrada na sexta-feira, prendeu 25 pessoas entre contraventores, delegados, juízes e desembargadores, acusados dos crimes como tráfico de influência, corrupção e envolvimento com jogos ilegais.

A PF liberou imagens, fartamente exibidas no noticiário de domingo, mostrando a apreensão de dinheiro, jóias e relógios de luxo no escritório de Júlio Guimarães, sobrinho do bicheiro Aílton Guimarães, o Capitão Guimarães, que migrou dos órgãos repressivos da ditadura para o crime organizado e também foi detido na operação.
O dinheiro e as jóias estavam escondidos em um compartimento secreto, atrás de uma parede falsa, no escritório situado na zona norte do Rio. Havia R$ 10 milhões e 300 mil euros em dinheiro vivo.

A Polícia Federal também apreendeu e despachou para Brasília 50 veículos de luxo pertencentes aos presos, avaliados em cerca de R$ 10 milhões. O transporte é feito por cinco caminhões-cegonha.

Todos os acusados foram trazidos para Brasília na manhã de sábado e estão detidos na Superintendência da Polícia Federal. Ontem, uma equipe da PF transportou para Brasília cerca de 2 toneladas de documentos e material apreendidos, que estão sendo analisados em Brasília. O material foi transportado em dois vôos do avião da PF.

Da redação, com agências