Movimentos sociais ocupam sede do Incra em Brasília

O MST exige que o governo federal cumpra o seu compromisso e faça um verdadeiro mutirão de todos órgãos públicos envolvidos na questão para assentar as 150 mil famílias acampadas pelo país, que vivem embaixo de lonas na luta pela Reforma Agrária .

 
Para isso, o movimento pede a agilização da desapropriação de fazendas improdutivas, com prioridade a algumas regiões em cada estado, de preferência próximas a centros consumidores para facilitar o acesso ao mercado e o desenvolvimento da produção de alimentos.

No Distrito Federal, as principais reivindicações são o assentamento de 1.800 famílias acampadas na região há mais de quatro anos e a liberação de créditos, convênios e recursos para o programa de habitação nos assentamentos.

Em memória

As atividades do MST são realizadas em memória dos 19 trabalhadores rurais brutalmente assassinados por policiais militares em Eldorado dos Carajás, no Pará, há 11 anos, no dia 17 de abril de 1996.

Mais de uma década de um massacre de repercussão internacional, o país ainda não resolveu os problemas dos pobres do campo – que continuam sofrendo com a violência dos fazendeiros, a concentração de terras e a impunidade da Justiça. Em 2002, o então presidente Fernando Henrique Cardoso sancionou decreto que instituiu o 17 de abril como o Dia Nacional de Luta pela Reforma Agrária.

Fonte: MST