Eleição regional marca sucesso de comunistas na Rússia
As eleições para a Assembléia Legislativa do Território de Kransoyarsk, terminaram com a vitória do Partido Rússia Unida, do presidente do país Vladímir Putin, mas os grandes vitoriosos foram os candidatos do Partido Comunista da Federação Russa, que desb
Publicado 16/04/2007 15:46
Segundo dados preliminares publicados pela Comissão Eleitoral local, o PCFR ocupou o segundo lugar com 20,3% dos votos, após o Partido Rússia Unida, que teve 42,5% e acima do Partido Rússia Justa, que aparecia em segundo lugar nas pesquisas mas acabou amargando o terceiro posto com 12,4%.
O secretário-geral do PCFR, Gennadi Ziuganov declarou em uma conversa informal com jornalistas em Moscou que o partido foi apoiado em “todos os lugares”, desde Norilsk até Minusinsk. “Fiz por lá 16 comícios, algo que o pessoal do Rússia Justa não poderia fazer”, assinalou.
Ziuganov rebateu as alegações do líder do Rússia Justa, Serguei Mirónov, presidente do Conselho da Federação Russa, de que o PCFR “só venceu porque se aliou a criminosos”. Mirónov disse à imprensa que os comunistas haviam se unido aos “maconheiros e traficantes” da região.
“Essas declarações são absurdas”, afirmou Ziuganov. “Mirónov é que deve esclarecer de onde veio o dinheiro da campanha de seu partido. Só como exemplo, do aeroporto até o centro avistamos 11 outdoors com o seu retrato e propaganda de seu partido. De onde veio o dinheiro para isso?” rebateu o líder comunista.
“Não tivemos a abundância de material que nossos dois adversários”, disse. Ziuganov elogiou o trabalho do PCFR na região, afirmando que o partido trabalhou “sábia e eficazmente” nas eleições legislativas.
A eleição para deputados da Assembléia Legislativa do Território foram as últimas antes das eleições para a Duma da Federação Russa (Câmara baixa do parlamento), marcadas para dezembro deste ano.
A região é uma das maiores da Rússia (2,34 milhões de km² e superior em tamanho a todas as nações da União Européia) e sofreu uma queda populacional violenta após o fim da União Soviética, quando tinha 2,8 milhões de habitantes passando a ter 2,3 nos dias de hoje.