Eleição regional marca sucesso de comunistas na Rússia

As eleições para a Assembléia Legislativa do Território de Kransoyarsk, terminaram com a vitória do Partido Rússia Unida, do presidente do país Vladímir Putin, mas os grandes vitoriosos foram os candidatos do Partido Comunista da Federação Russa, que desb

Segundo dados preliminares publicados pela Comissão Eleitoral local, o PCFR ocupou o segundo lugar com 20,3% dos votos, após o Partido Rússia Unida, que teve 42,5% e acima do Partido Rússia Justa, que aparecia em segundo lugar nas pesquisas mas acabou amargando o terceiro posto com 12,4%.


 


O secretário-geral do PCFR, Gennadi Ziuganov declarou em uma conversa informal com jornalistas em Moscou que o partido foi apoiado em “todos os lugares”, desde Norilsk até Minusinsk. “Fiz por lá 16 comícios, algo que o pessoal do Rússia Justa não poderia fazer”, assinalou.


 


Ziuganov rebateu as alegações do líder do Rússia Justa, Serguei Mirónov, presidente do Conselho da Federação Russa, de que o PCFR “só venceu porque se aliou a criminosos”. Mirónov disse à imprensa que os comunistas haviam se unido aos “maconheiros e traficantes” da região.


 


“Essas declarações são absurdas”, afirmou Ziuganov. “Mirónov é que deve esclarecer de onde veio o dinheiro da campanha de seu partido. Só como exemplo, do aeroporto até o centro avistamos 11 outdoors com o seu retrato e propaganda de seu partido. De onde veio o dinheiro para isso?” rebateu o líder comunista.


 


“Não tivemos a abundância de material que nossos dois adversários”, disse. Ziuganov elogiou o trabalho do PCFR na região, afirmando que o partido trabalhou “sábia e eficazmente” nas eleições legislativas.


 


A eleição para deputados da Assembléia Legislativa do Território foram as últimas antes das eleições para a Duma da Federação Russa (Câmara baixa do parlamento), marcadas para dezembro deste ano.


 


A região é uma das maiores da Rússia (2,34 milhões de km² e superior em tamanho a todas as nações da União Européia) e sofreu uma queda populacional violenta após o fim da União Soviética, quando tinha 2,8 milhões de habitantes  passando a ter 2,3 nos dias de hoje.