Lixeiros de São Paulo reclamam de pressão contra greve

A liminar que obriga as empresas concessionárias Ecourbis e Loga a atenderem os contratos de coleta de lixo na sua totalidade, concedida pela Justiça na sexta à noite a pedido da Prefeitura de São Paulo, é “uma forma de intervir no movimento” de greve dos

Apesar da restrição, “a greve continua”. “Nós estamos atendendo à determinação judicial, de manter 70% do serviço. Por ser serviço essencial, nós até concordamos, apesar de achar o número exagerado”, diz Pereira. O encerramento da greve depende somente das negociações com empresas e Prefeitura, segundo o presidente da Siemaco.



Nesta segunda-feira haverá audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT). “Espero que amanhã consigamos sensibilizar o segmento patronal para aumentar um pouquinho o salário e diminuir um pouco a cobrança (sobre os funcionários) do convênio”, afirmou Pereira. As reivindicações da categoria são reajuste salarial de 12%, convênio médico gratuito, além de fornecimento de lanche e protetor solar.



O representante dos lixeiros em greve ainda critica a atuação da Prefeitura e das empresas de coleta nas negociações com os trabalhadores: “Nós não queríamos a greve. Ela é desgastante para a gente e nós não queremos prejudicar a população. Nós fomos empurrados à greve pelas empresas e Prefeitura, que não tiveram boa vontade. Estamos em negociação desde janeiro e eles não cederam em nada”.


 


Para enfraquecer o movimento, a Prefeitura decidiu repassar às empresas de coleta todos os prejuízos sofridos com a paralisação do serviço. Desde sexta-feira, a Secretaria de Serviços incumbiu os garis (que não aderiram ao movimento) de fazerem a coleta de lixo, com o uso de 50 caminhões extras.



Da redação,
com agências