Kirchner pede ao FMI que pare de criticar a Argentina

O presidente da Argentina, Néstor Kirchner, solicitou na noite desta quinta-feira (12) ao diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Rodrigo Rato, que deixe de criticar a Argentina.

Mais cedo, Rodrigo Rato dissera que o governo argentino deveria pôr em prática ''algumas medidas administrativas, como uma solução de curto prazo para as pressões inflacionárias''. Ele sugeriu também um controle maior da inflação no país.



''Senhor Rato, com todo o respeito que merece seu cargo, dedique-se a falar de outros, porque nós não concordamos com você'', declarou o presidente, na localidade portenha de Arrecife.



Kirchner ressaltou que o FMI ''já não pode dizer o que a Argentina deve ou não fazer'', e lembrou da ''fome, das pressões sofridas, dos desempregados, da quebra que o país sofreu e do grande endividamento que teve''.



''Deixe de criticar os argentinos, que com suas próprias idéias estão progredindo'', afirmou Kirchner. ''Tenham certeza, não terá governo argentino que pedirá mais instruções ou dinheiro do Fundo'', finalizou.