Equador: OEA prevê consulta popular tranqüila no domingo

O sociólogo chileno Enrique Correa, presidente da missão de observadores enviada pela Organização dos Estados Americanos (OEA) para a consulta constitucional no Equador, que acontece neste domingo (15),  antecipou que tudo indica que o ato eleitoral

“Apesar da situação política ter suas tensões, tudo indica que poderemos ter um dia tranqüilo (domingo). É o que esperamos”, afirmou Enrique Correa de Quito para a rádio Cooperativa.  Ele acrescentou ainda que esse é um período de “polêmica política intensa”, com a destituição de 57 deputados e a apresentação de recursos contra essa medida.



No entanto, até agora “essa situação política tensa não gerou dificuldades no andamento e preparação da consulta”, explicou o sociólogo chileno.



Na consulta popular de domingo os equatorianos são convocados a se pronunciarem sobre o sim ou não à proposta de instituir uma assembléia constituinte, como propõe o presidente Rafael Correa.



Rapidez e vigilância
Enrique Correa disse que a missão da OEA tem 30 observadores. “Eles estarão espalhados em todas as províncias do país e vão tentar trabalhar em conjunto e em cooperação com algumas ONGs que se dedicam ao trabalho de vigilância eleitoral”, explicou.



“Vamos certificar que as mesas estarão bem constituídas e depois vamos tentar estar presentes no maior número possível de centros de apuração”, detalhou.



Segundo ele, os observadores insistiram na necessidade de “contar com resultados finais rápidos, o mais cedo possível, porque isso contribui para que o domingo termine tranqüilo e sem incertezas”.



O chileno disse que como observador da OEA conversou com ministros, dirigentes políticos de todos os setores e diretores do Tribunal Supremo Eleitoral, que dirige todo o processo e que vai divulgar o resultado.



O chefe da missão da OEA explicou que muita gente pode achar que a consulta aborda um tema abstrato e portanto não se interessar em votar”, mas ele destacou que “o que vai ser resolvido é importante para o Equador”.