Abril vermelho do MST já ocupou 19 fazendas no país

As ações do “abril vermelho” lembram o assassinato, em 1996, de 19 sem-terra em Eldorado do Carajás (PA). Desde o dia 1º deste mês, os movimentos de luta pela terra já ocuparam 19 fazendas e três prédios públicos, além de promoverem marchas e protestos po

Nesta quinta-feira ocorreram mais duas ocupações como parte do “abril vermelho”. O MST ocupou a quarta fazenda em São Paulo desde domingo e anunciou o “combate à monocultura da cana-de-açúcar” no Estado.


 


A ocupação, feita por 120 militantes, ocorreu na fazenda Timboré, em Andradina, no noroeste de SP. A região tem 72 usinas de açúcar e álcool, de acordo com a União dos Produtores de Bioenergia.


 


O presidente da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), Eduardo Pereira de Carvalho, afirmou, por meio de sua assessoria, que a entidade “espera que se cumpra a lei e que seja preservada a propriedade produtiva”.


 


No final da tarde desta quinta, a Polícia Militar foi acionada por funcionários da fazenda que acusaram os sem-terra de queimarem mudas de cana e constatou o incêndio. Segundo o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), a desapropriação da fazenda Timboré está parada na Justiça porque o proprietário contestou o laudo que considera a área improdutiva.


 


Em Alagoas, integrantes do MLST (Movimento de Libertação dos Sem Terra) ocuparam dia 12 a fazenda Escorrega, em Campo Alegre, no agreste. Segundo o movimento, 86 famílias entraram na propriedade. Em Recife, militantes do Movimento Terra, Trabalho e Liberdade deixaram ontem o prédio do Incra, ocupado na segunda-feira passada.