Aliado de Chávez, PPT descarta fazer parte de partido único

Em documento publicado nesta quinta-feira (12), a assembléia nacional ampliada do partido informou que o PPT não se dissolverá e rechaçou “qualquer insinuação dos que pretendam nos colocar nas fileiras contra-revolucionárias”.

A decisão levou o ex-ministro da Educação, Aristóbulo Istúriz, o governador do estado Guárico, Eduardo Manuitt, o vice-chanceler para a América Latina, Rodolfo Sanz, e o embaixador da Venezuela em Cuba, Alí Rodríguez, a se afastarem do PPT para se integrarem ao PSUV.

No documento, o PPT também destacou que há um consenso entre seus delegados sobre a “importância de continuar construindo, a partir da diversidade revolucionária, uma liderança política que atenda a complexidade e os desafios que devem ser enfrentados para se chegar à constituição do socialismo do século 21”.

A idéia de um só partido governista foi lançada por Chávez poucos dias depois de sua reeleição presidencial, no último dia 3 de dezembro, mas encontrou resistência entre seus aliados do PPT, do Podemos e do Partido Comunista (PCV).

No total, esses três partidos foram responsáveis por 1,7 milhão de votos do total de 7,3 milhões com os quais Chávez foi reeleito para o período 2007-2013.

Para o futuro…
O documento publicado pelo PPT, no entanto, fala da necessidade de construir uma organização de revolucionários, cuja principal característica seja a busca pelo socialismo. No entanto, o texto mostra que tal iniciativa ainda precisa de mais tempo para ser amadurecida.

“É uma necessidade impostergável, mas é também um processo que deve ser cuidado com esmero, tanto em sua forma como em seu conteúdo”, diz o documento.