Cabral insiste, por escrito, em pedido de ajuda do Exército

O governador fluminense, Sérgio Cabral, entregouao presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quarta-feira (11) documento solicitando a participação das Forças Armadas em funções policiais no Rio de Janeiro. O ofício foi entregue durante visita dos dois a

“O governador Sérgio Cabral me entregou hoje um ofício requisitando a contribuição das Forças Armadas aqui no Rio”, disse Lula a jornalistas ao chegar no Maracanã, onde participa da formatura de jovens voluntários para os Jogos Pan-Americanos. “Amanhã (quinta-feira), vou reunir o ministro da Defesa e os três comandantes das Forças para tomarmos uma decisão do que as Forças Armadas podem fazer para ajudar no combate à violência no Rio de Janeiro”.



“Primeiro vamos mapear”



O presidente não adiantou de que forma acontecerá a participação dos militares, mas afirmou que haverá outras reuniões com os ministros Waldir Pires (Defesa) e Tarso Genro (Justiça), os comandantes das Forças Armadas e os responsáveis pela segurança no Rio para avaliar a melhor forma.



Lula evitou um compromisso concreto. “Primeiro vamos mapear quais são os lugares em que é importantes ter essa ocupação para que não haja nenhum choque entre as atividades das polícias civil e militar e as Forças Armadas. Na hora que nós mapearmos esses locais, aí vamos ver a quantidade de pessoas necessárias para fazer isso”, afirmou.


 


Militares resistem à idéia



A perspectiva de desempenhar funções de polícia, em uma situação considerada crítica, não é bem vista nas Forças Armadas. Porém Cabral, que apoiou Lula no segundo turno da eleição de 2006, aumenta a pressão para remover as resistências.



“O presidente, mais uma vez, mostra apreço pelo Rio de Janeiro, entendendo a necessidade da população por mais segurança, o que pode ocorrer com o trabalho conjunto da polícia do estado com as Forças Armadas, a exemplo do que ocorreu em outras ocasiões, como a Eco 92”, afirmou Cabral.



A pressão do governador, solicitando ajuda das Forças Armadas e a participação mais efetiva da Força Nacional de Segurança no combate à criminalidade no Rio de Janeiro, canhou volume nesta segunda-feira (9). Cabral formulou o pedido após participar do enterro de um policial militar que fazia a segurança de sua família, o 39º membro da corporação morto em serviço este ano.



Na proposta do governador, os militares não fariam incursões em favelas, mas colaborariam atuando em vias como a Avenida Brasil e as Linhas Vermelha e Amarela, liberando efetivo da Polícia Militar para o patrulhamento de outras áreas da cidade.



Da redação, com agências