Centrais sindicais pressionam em Brasília pelo veto à emenda 3

Representantes de centrais sindicais fizeram nesta terça-feira (10) uma manifestação no Aeroporto de Brasília a favor da manutenção do veto presidencial à Emenda 3 do projeto que criou a chamada Super Receita. Essa emenda restringe a atuação do fiscal do

Cerca de 20 manifestantes esperavam a chegada dos parlamentares a Brasília para entregar a eles uma carta pedindo a manutenção do veto. Normalmente os parlamentares chegam a Brasília na terça-feira.



O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Arthur Henrique, afirmou que a Emenda 3 estimula a contratação de trabalhadores como pessoas jurídicas, em substituição à carteira assinada. “Queremos reverter a situação atual na qual grande parte dos trabalhadores na área de comunicação são contratados como pessoas jurídicas”.



O dia de luta é uma iniciativa unitária da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Confederação Geral dos Trabalhadores (CGT), Social Democracia Sindical (SDS), Central Autônoma de Trabalhadores (CAT) e Nova Central.



Reunião com ministros



Em Brasília, a programação começou com o ''corredor polonês'' no Aeroporto de Brasília para pressionar parlamentares. Às 15 horas, representantes das centrais participam de reunião com os ministros da Fazenda, Guido Mantega; do Trabalho, Carlos Lupi; e da Previdência Social, Luiz Marinho, para discutir a manutenção do veto à emenda 3.



De autoria do senador Ney Suassuna (PMDB-PB), a emenda foi vetada pelo presidente da República no dia 16 de março e voltou ao Congresso para apreciação do veto. A medida, aprovada em fevereiro pelos parlamentares, proíbe fiscais do trabalho de autuar empresas e remete qualquer decisão Justiça do Trabalho.



A pressão dos trabalhadores coincide com um movimento, que inclui parte do governo, para apresentar um projeto que seja uma versão atenuada do conteúdo da emenda 3. Coincide também com a reunião do Fórum Nacional da Previdência Social, igualmente em Brasília, onde se teme a apresentação de um projeto de reforma da Previdência que corte direitos dos trabalhadores.



Da redação, com agências