Presidente paraguaio apóia a criação do Banco do Sul

O presidente Nicanor Duarte manifestou no sábado (7) seu apoio à “legitimidade política” para a iniciativa do Banco do Sul. Ele disse esperar, no entanto, que a instituição não se torne mais um “banco prestamista” — ou seja, que empresta dinheiro a juros

Duarte também disse que o novo banco não pode “perturbar” a soberania dos países membros.  As declarações foram concedidas quando o presidente paraguaio recebeu o relatório de uma comissão especial criada pelo governo para analisar as implicações que teria a incorporação do Paraguai nesse banco.


 


A instituição partiu de uma iniciativa do presidente venezuelano Hugo Chávez, apoiado por seu colega argentino, Néstor Kirchner. “A idéia do Banco do Sul nós apoiamos”. Enfatizou Duarte. “Acreditamos que pode ser o inicio de um processo histórico para uma maior autonomia regional no campo político financeiro.”


 


Ele esclareceu que, até agora, não foram divulgados os estatutos do banco, a forma como serão eleitas as autoridades e capitalização, além de seus reais objetivos. Para resolver essas dúvidas, acontecerá uma reunião brevemente na ilha venezuelana de Margarita.


 


Reservas


 


Duarte também afirmou que o Paraguai pode aplicar no banco 10% das reservas internacionais do país — atualmente em US$1,8 bilhões. “Nosso governo triplicou as reservas. Por isso, colocá-las para capitalizar dever ser resultado de um profundo estudo sobre a rentabilidade, segurança — e que não possa ser embargado.”


 


O presidente paraguaio utilizou esse argumento para condicionar a entrada do país no banco. De acordo com Duarte, a decisão dependerá essencialmente de uma Lei do Congresso. No Paraguai, o Poder Executivo não tem faculdades por si só para adotar uma medida unilateral a respeito.