Equador volta à Opep e anuncia plano contra a Colômbia

O presidente do Equador, Rafael Correa, assegurou neste domingo (8) que o país voltará à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). “Já é uma decisão tomada: retornaremos à Opep. Houve até declarações do secretário da Opep dizendo que o Equad

No sábado, o presidente também utilizou o programa para anunciar outra iniciativa — o “Plano Equador”, que será apresentado no dia 24 de abril. É uma resposta de paz e igualdade ao “plano militarista e violento da Colômbia”, segundo Correa. “O que o mundo esperava era uma reação violenta do Equador, como fechar a fronteira e pedir visto aos colombianos.”


 


O governante disse que o “Plano Equador” buscará regularizar os colombianos e tentará, com ajuda internacional e fundos próprios, acabar com os problemas na fronteira entre os países. ” Estamos nos preparando e contamos com personalidade mundiais”, afirmou Correa. “Nosso país quer a paz, a igualdade e a justiça — e estamos contra este ‘plano Colômbia’ e seu militarismo.”


 


Petróleo, uma estratégia


 


Para voltar à Opep, o Equador terá de pagar US$ 5 milhões. Segundo Correa, o custo decorre de “um problema de acumulação de cotas”, mas trará grandes benefícios” ao país, como “a abertura do financiamento dos bancos do Oriente Médio”.


 


Em março deste ano, o presidente da Opep, Mohammed bin Dhaen al-Hamli, disse que o Equador continua sendo membro pleno do grupo, apesar de ter se retirado em 1992. Segundo ele, “todos os membros esperam que o governo de Quito volte a participar das reuniões da entidade”.


 


Menor membro


 


Ao fim da 144ª conferência ministerial do grupo, em Viena, Al-Hamli — que também é ministro de Energia dos Emirados Árabes Unidos — disse que a participação do Equador foi apenas “suspensa” em 1992. Ele disse  esperar uma carta do governo de Quito para que a reincorporação do país, membro da Opep desde 1973, seja efetivada.


 


O Equador produz 530 mil barris de petróleo por dia e seria o membro de menor produção petrolífera dentro da Opep. Mas o petróleo é seu principal produto de exportação. As receitas das vendas de barris financiam 35% do orçamento geral do Equador.