Evo rebaixa Bush e busca acelerar mudanças na Bolívia

Recuperado de uma cirurgia na pálpebra, o presidente boliviano, Evo Morales, voltou à ativa defendendo seu projeto de soberania nacional. Um dia após afirmar que George W. Bush ''não tem moral'' para falar de direitos humanos na América Latina, Evo ini

O objetivo dessa iniciativa é ''acelerar o processo de mudanças'' proposto pelo seu governo. ''Estamos analisando temas de gestão”, declarou o vice-presidente Álvaro García Linera. “As reuniões são feitas para articular melhor o horizonte de mudanças, de transformação — e a necessidade de ver como escorar as forças para que esse processo seja irreversível.''


 


A reunião deste sábado foi a segunda das programadas por Evo com todos os setores que o apóiam para ''melhorar a capacidade de gestão'' de seu governo. O ato é interpretado pela oposição já como uma etapa de campanha eleitoral. No encontro, o governo iniciou a busca de mecanismos para ajudar a resolver o até agora baixo nível de avanço na redação da nova constituição boliviana.


 


Sem moral


 


O chefe de Estado boliviano também desqualificou o presidente americano, George W. Bush. Evo afirmou que Bush está sem moral para tratar de direitos humanos na América Latina porque não adota uma política de respeito desses direitos em nível mundial e não retira suas tropas do Iraque.


 


Segundo a agência oficial ABI, o presidente boliviano rejeitou um relatório do Departamento de Estado americano, segundo o qual há problemas internos na Bolívia. O texto ressalva que o atual governante ''geralmente respeite os direitos humanos''.


 


''Enquanto os Estados Unidos não assinarem os tratados internacionais de proteção aos direitos humanos dos povos, sobretudo nas regiões mais empobrecidas do mundo, não estão em condições de criticar outras nações sobre este tema'', rebateu Evo à ABI. Ele reiterou seu pedido para que as tropas americanas abandonem Iraque o mais rápido possível — o que, segundo ele, evitaria mais mortes no país árabe.


 


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