Renan convida Lula para jantar com PMDB; cardápio: 2º escalão

De acordo com participantes do encontro de hoje no Palácio do Planalto, o PMDB quer ressaltar seu papel na coalizão e, para isso, pretende levar 150 políticos ao jantar, incluindo os seis governadores e os cinco ministros da legenda, além de parlamentares e outras lideranças.

O grande encontro da próxima quarta-feira ocorrerá na residência oficial do presidente do Senado. Será uma oportunidade, dizem os peemedebistas, para os deputados federais novatos terem acesso ao presidente Lula, já que normalmente a interlocução do partido com o Planalto ocorre por meio de poucos caciques.

 
Também há um caráter estratégico pelo atual momento de partilha dos chamados cargos de segundo escalão – secretarias de ministérios, comando de autarquias e diretorias de empresas estatais – disputados ferozmente pelos partidos da base aliada. O PMDB pretende, simultaneamente, agradar Lula ao reiterar sua disposição de desempenhar o principal papel na coalizão (por ter, por exemplo, a maior bancada na Câmara e no Senado, além do maior número de prefeitos e governadores), mas também exibir sua força e coesão para garantir bons resultados  na divisão de cargos.

 
Na programação de Lula, o jantar representa a continuidade da série de reuniões com os partidos do governo de coalizão – na terça-feira passada, foi a vez de uma comissão do PT se reunir com o presidente na residência do senador Eduardo Suplicy (PT-SP). Nessas ocasiões, o presidente expõe suas avaliações sobre os principais temas da conjuntura política e, principalmente, aproveita para dar direcionamentos sobre assuntos de interesse governamental no Congresso, como riscos de CPIs e matérias prioritárias.

Da redação,
com agências