Para o FMI, crise imobiliária dos EUA não tem impacto global

A desaceleração do crescimento econômico americano não trará conseqüências negativas em nível global, estima o Fundo Monetário Internacional (FMI). Em seu estudo Perspectiva Econômica Mundial, adiantado parcialmente nesta quinta-feira, o organismo nota qu

No documento, que será divulgado em sua totalidade na terça-feira (10) da semana que vem em Washington, o Fundo alertou, porém, que os Estados Unidos representam a economia mais importante no mundo e, caso entrem em recessão, a influência disso em âmbito internacional pode ser séria. “A influência da economia dos Estados Unidos sobre as demais não parece ter diminuído”, notou o organismo, citando especialmente os países do continente americano.



Segundo o FMI, o crescimento econômico americano deve situar-se em 2,6% este ano e em 3% no próximo, taxas essas menores do que as previstas pela entidade em setembro passado e que refletem os problemas crescentes no setor habitacional dos Estados Unidos, ainda restritos à região.



“Se o esfriamento do mercado imobiliário se espalhar para o consumidor e para o investimento dos negócios, contudo, os efeitos em outros países poderão ser significativamente maiores”, alertou.



Desde o começo deste ano, os Estados Unidos enfrentam problemas no segmento hipotecário de maior risco, o suprime, aquele de empréstimo a pessoas com histórico de crédito ruim, especialmente por causa do crescimento na inadimplência.