Governo rebate crítica dos EUA sobre barreira comercial

O Ministério das Relações Exteriores refutou nesta terça-feira (3/4) as críticas presentes em relatório divulgado pelo USTr (Departamento do Comércio norte-americano) no dia anterior. A Pasta diz reconhecer o direito de o governo dos EUA de criticar a cap

Segundo o diretor do Departamento Econômico do Itamaraty, ministro Roberto Azevedo, o governo brasileiro não aceita ataques ao modelo econômico como um todo ou ao grau de abertura da economia brasileira. “O grau de abertura da economia brasileira tem tido avanços significativos e a média das tarifas de importação está um pouco acima de 10%.”



No documento anual de avaliação sobre a prática comercial de seus parceiros, o Brasil está entre os 63 países que receberam críticas. O texto afirma que há barreiras, custos e tarifas altas para exportar para o país.



Segundo Azevedo, a tarifa de importação que o Brasil consolidou na OMC (Organização Mundial do Comércio) é de 35% – tarifa máxima que o Brasil pode adotar. Mas o país só usa o limite nas importações de automóveis.



Segundo o diplomata, são vários os exemplos de dificuldades para os exportadores venderem aos EUA. Produtores de suco de laranja, cita ele, pagam taxas que chegam a 60% e enfrentam processos de defesa comercial. O brasileiro etanol paga US$ 0,14 por galão para entrar nos EUA, mais 2,5% sobre o valor da venda.