“Controladores não são bandidos”, lembra presidente da Infraero

O presidente da Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária), brigadeiro José Carlos Pereira, os controladores de vôo não podem ser vistos como “bandidos” e nem devem trabalhar sob estresse.  “Os controladores de vôo não são bandido

De acordo com Pereira, no setor aéreo há duas áreas que não podem funcionar sob estresse: a de pilotagem de aviões e a de controle de vôo. “O risco é sério. Então, um dos nossos papéis é ‘desestressar’ o sistema, que está sendo estressado desde que aquele avião da Gol caiu”, disse.



“Você pensa que o controlador de vôo é o homem sentado em frente a uma condição de radar, controlando aviões. Não é isso, não. Seria ótimo se fosse isso. Atrás desses mil e tantos controladores de vôo, há uma enorme equipe de mantenedores, são dezenas de milhares de equipamentos que precisam estar mantidos 24 horas. Tem todo um sistema de meteorologia. Não existe aviação sem meteorologia. Existe uma enorme quantidade de especialistas em formações aeronáuticas”, informou ainda José Carlos Pereira.



Segundo o brigadeiro, não é uma tarefa fácil passar todo esse sistema militar, de maneira rápida, para o controle civil. “A Infraero tem hoje 9,7 mil funcionários. O Decea (Departamento do Controle do Espaço Aéreo) tem 17 mil pessoas. E eu trabalho com 67 aeroportos no país. Tudo isso passa para a área civil? Em quanto tempo? Vamos colocar de cinco a seis anos”, previu.



Para o presidente da Infraero, o “mundo civil” também teria que “responder à necessidade de formação” dos controladores de vôo, hoje sob responsabilidade da Aeronáutica, criando cursos técnicos ou universitários. “Podemos fazer um processo de aceleração, por exemplo, na capacidade de formar pessoal. Até antes dessa crise, por exemplo, na Infraero a capacidade máxima de formar controladores de vôo para a empresa era de 40 pessoas por ano”, explicou.