Cubanos nos EUA querem fim do bloqueio à Ilha, diz pesquisa

Parte dos cubanos que vivem em território norte-americano ainda defende o embargo econômico imposto pelos Estados Unidos a Cuba, mas é cada vez maior o número dos que querem um alívio às restrições impostas nos últimos anos e um maior contato com a ilha,

Na pesquisa realizada pela Universidade Internacional da Flórida junto a mil cubanos, 57,4% defenderam o restabelecimento das relações diplomáticas de Washington com Havana.



“A maioria dos cubano-americanos já não parece crer que o isolamento esteja funcionando”, disse Vicki Huddleston, ex-chefe da seção de interesses dos EUA em Havana.



Em 2004, numa pesquisa semelhante da mesma universidade, 66% defendiam o embargo econômico.



“Novo pragmatismo”
Na nova pesquisa, a maioria (64,4%) também defende uma liberalização da política em relação a Cuba, endurecida em 2004 pelo governo do presidente George W. Bush, que dificultou viagens, o envio de dinheiro e a ajuda humanitária à ilha.



Para 55%, Washington deveria permitir que os cubanos viajassem à ilha à vontade. Atualmente, há um limite de uma vez a cada três anos.



“Há um novo pragmatismo na comunidade cubano-americana”, disse Carlos Saladrigas, do Cuba Study Group, de Washington, que financiou o estudo, num momento em que vários parlamentares propõem mudanças na política norte-americana para a ilha.



A pesquisa tem margem de erro de 3,2% e foi feita na Flórida. Ainda nesta segunda-feira diplomatas e especialistas discutem a pesquisa em uma conferência na Brookings Institution, de Washington, que ajudou a organizá-la.