Tema da reforma política marca abertura do CONEG da UNE

Reforçando o compromisso do movimento estudantil com as principais questões ligadas ao desenvolvimento do país, a abertura nesta sexta-feira (30) do 55º Conselho Nacional de Entidades de Base da UNE reuniu representantes de movimentos sociais, governo, me

Os estudantes discutiram os temas dos debates em painéis simultâneos e grupos de discussão. Neste sábado (31), aconteceram os grupos de trabalho para elaborar propostas sobre assuntos ligados à juventude, como Gênero, Glbtt, Racismo, Cultura e o Regimento do próximo Congresso da UNE (Conune).


 


No domingo (1º), todos se reúnem na plenária final. O Coneg se encerra a tarde, com um grande ato no terreno da UNE na Praia do Flamengo, o lançamento de uma exposição e um show do cantor e compositor Carlos Lyra.


 


Movimentos, ONG´s e estudantes buscam unidade


 


Lideranças dos movimentos sociais e do terceiro setor se encontraram com estudantes no primeiro dia do Coneg para participar de um debate sobre a situação política brasileira e o papel das forças populares. Eles falaram sobre reforma política, o Programa Nacional de Aceleração de Crescimento (PAC) e o futuro político do país.
O membro da coordenação nacional do MST, João Paulo Rodrigues, e o diretor da Associação Brasileira de ONG´s (Abong), José Morone, participaram.


 


Representando os estudantes, estava a vice-presidente da UNE, Louise Caroline.
João Paulo disse que o ano de 2007 precisa ''marcar a unificação das forças populares, para garantir as mudanças do país''. Segundo ele, o governo Lula realizou avanços para o país, mas a atual conjuntura ainda é preocupante e os movimentos precisam se mobilizar.


 


A participação da população nas tomadas de decisão e no futuro do Brasil, também foi defendida pelo diretor da Abong , quando se referiu à reforma política que governo e Congresso estão debatendo.


 


José Morone comentou as recentes mudanças nas leis de fidelidade partidária, que estão sendo debatidas por governo e partidos. Na avaliação dos debatedores, a sociedade não pode se contentar com uma reforma política que só altere o sistema eleitoral.


 


''Já temos alguma participação popular nas políticas sociais, mas não basta. Precisamos estar organizados para participar das políticas econômicas, energéticas, de crescimento. Todos os poderes, inclusive o judiciário, precisam ser cada vez mais populares'', declarou.


 


Reforçando a intenção do MST de colaborar com todos os movimentos anti-neoliberais, João Paulo disse que o momento é de unificação.


 


''A direita já está se preparando para entrar em combate com os grupos populares. Eles já têm discurso e planos sólidos para as próximas eleições. Precisamos juntar as forças'', disse.