Miguel Jorge poderá nomear Luciano Coutinho para o BNDES

Ao declarar que irá nomear a diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES), o recém-empossado ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, selou o destino de Demian Fiocca. Ele deverá mesmo sair do BNDES. O nome mais cotado para sucedê-lo é do econ

A coluna afirma ainda que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, fez um enorme esforço para manter Fiocca à frente do BNDES, mas, nos últimos dias, ele praticamente jogou a toalha. Ao contrário do que acontecia com Luiz Fernando Furlan, Mantega tem se entendido bem com Miguel Jorge e não vai fazer um cavalo de força para manter Fiocca no BNDES.


 


Nos últimos dias, Mantega tem feito elogios a Miguel Jorge. Em uma reunião com a equipe econômica, ele chegou a dizer que deverá se reunir com Miguel Jorge em breve para discutirem juntos a possibilidade de elaboração de uma política industrial para o país.


 


Luciano Coutinho é sugerido por Lessa
 


O ex-presidente do BNDES no início do primeiro governo Lula, Carlos Lessa, disse que, caso fosse consultado por Lula, sugeriria a substituição do presidente do BC por Luciano Coutinho ou Luiz Gonzaga Belluzo. A declaração foi dada durante palestra de Lessa na calourada do diretório de estudantes da Faculdade de Direito da USP, realizada em março deste ano na cidade de São Paulo.


 


Na perspectiva apontada por Lessa, Henrique Meirelles sairia para “dar lugar a um economista de linha desenvolvimentista, como Luiz Gonzaga Belluzzo ou Luciano Coutinho, ambos docentes da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)”, afirmou. Lessa pode ter sua sugestão atendida não para o BC, mas para o BNDES.


 


Perfil


 


Luciano Coutinho pode ser considerado um economista que integra os quadros do PT. É amigo do ex-ministro e ex-deputado José Dirceu desde os anos 60, foi professor do senador Aloizio Mercadante e conselheiro do ministro Antonio Palocci nos primeiros meses do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Dono da consultoria LCA, que orienta as decisões de investimentos de grandes empresas como Vale do Rio Doce e AmBev, o professor da Unicamp diz estar decepcionado com o governo do PT. “Essa política de juros travou os investimentos”, lamentou em entrevista concedida a revista IstoÉ Dinheiro em fevereiro do ano passado.