2° escalão do Ministério do Trabalho divide as centrais
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva empossou nesta quinta (29) o novo ministro do Trabalho, Carlos Lupi (PDT). Ao mesmo tempo, assumiu a pasta da Previdência Luiz Marinho, que estava na condução do Ministério do Trabalho. Os efeitos da costura política
Publicado 30/03/2007 00:49
Segundo ela, Marinho demonstrou ser um leal escudeiro do governo Lula quando saiu direto da presidência da CUT e foi contribuir no ministério. “Achamos que ele deveria permanecer”, argumentou. “Não vamos fazer nenhum pré-julgamento sobre como será o encaminhamento dado por Lupi, mas esperamos que sua atuação seja equilibrada como foi a do Marinho”, disse Foro, referindo-se à relação político-partidária do novo ministro. “Marinho era da CUT e mesmo assim, atuou como governo. Esperamos receber o mesmo comportamento”, afirmou. “Vamos apostar na autonomia do movimento sindical. O Ministério do Trabalho precisa de ação política de governo e não só de uma força”, concluiu.
O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, Juruna, concorda que a CUT reivindique ‘equilíbrio’, “o mesmo que o PT não teve na hora de indicar todos as Delegacias Regionais do Trabalho junto a CUT, sem sequer consultar nenhuma central, nem a Força”, lembrou. Juruna acredita que a indicação de Lupi deverá somar a luta dos trabalhadores. Segundo o sindicalista, Lupi vem de um partido que ajudou nas conquistas dos trabalhadores. O secretário-geral da Força, diz que o pedetista deverá atualizar as discussões entre capital e trabalho a partir das experiências desenvolvidas no Fórum Nacional do Trabalho.
Para Carmen Foro, a Previdência será um novo desafio para Luiz Marinho. “Tenho certeza que Lula colocou pensando em ajustes necessários para o futuro”, disse. Ela acredita que Marinho vai poder fazer um diagnóstico da situação atual do setor partir do Fórum Nacional da Previdência. “Ele tem condições políticas para o cargo”, diz.
Fonte: Diário Comércio, Indústria e Serviço