2° escalão do Ministério do Trabalho divide as centrais

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva empossou nesta quinta (29) o novo ministro do Trabalho, Carlos Lupi (PDT). Ao mesmo tempo, assumiu a pasta da Previdência Luiz Marinho, que estava na condução do Ministério do Trabalho. Os efeitos da costura política

Segundo ela, Marinho demonstrou ser um leal escudeiro do governo Lula quando saiu direto da presidência da CUT e foi contribuir no ministério. “Achamos que ele deveria permanecer”, argumentou. “Não vamos fazer nenhum pré-julgamento sobre como será o encaminhamento dado por Lupi, mas esperamos que sua atuação seja equilibrada como foi a do Marinho”, disse Foro, referindo-se à relação político-partidária do novo ministro. “Marinho era da CUT e mesmo assim, atuou como governo. Esperamos receber o mesmo comportamento”, afirmou. “Vamos apostar na autonomia do movimento sindical. O Ministério do Trabalho precisa de ação política de governo e não só de uma força”, concluiu.


 


O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, Juruna, concorda que a CUT reivindique ‘equilíbrio’, “o mesmo que o PT não teve na hora de indicar todos as Delegacias Regionais do Trabalho junto a CUT, sem sequer consultar nenhuma central, nem a Força”, lembrou. Juruna acredita que a indicação de Lupi deverá somar a luta dos trabalhadores. Segundo o sindicalista, Lupi vem de um partido que ajudou nas conquistas dos trabalhadores. O secretário-geral da Força, diz que o pedetista deverá atualizar as discussões entre capital e trabalho a partir das experiências desenvolvidas no Fórum Nacional do Trabalho.


 


Para Carmen Foro, a Previdência será um novo desafio para Luiz Marinho. “Tenho certeza que Lula colocou pensando em ajustes necessários para o futuro”, disse. Ela acredita que Marinho vai poder fazer um diagnóstico da situação atual do setor partir do Fórum Nacional da Previdência. “Ele tem condições políticas para o cargo”, diz.


 


Fonte: Diário Comércio, Indústria e Serviço