CUT quer Marinho no Trabalho, Lula quer Carlos Lupi

Representantes de centrais sindicais estiveram hoje (28) no Palácio do Planalto para pedir ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva a permanência de Luiz Marinho à frente do Ministério do Trabalho e Emprego. Ao deixar o encontro, a presidente em exercício

Carmem explicou que as centrais gostariam de manter Marinho na pasta por ter demonstrado compromisso com as questões trabalhistas. “Não temos nenhuma objeção à Carlos Lupi, mas defendemos a permanência de Marinho na pasta em função do trabalho que já vem desenvolvendo. A política de salário mínimo coordenada por esse ministério, por exemplo, foi da maior importância durante a gestão dele”, disse.


 


O ministro da Previdência Social, Nelson Machado, disse hoje (28) que transmitirá seu cargo amanhã a Marinho. O MTE ficará com o presidente do PDT, Carlos Lupi, segundo nota divulgada pelo partido. O Palácio do Planalto, até o momento, não se manifestou oficialmente sobre as indicações.


 


Ao ser indagada sobre a possibilidade de o presidente Lula não manter Luiz Marinho no Ministério do Trabalho, a presidente em exercício da CUT respondeu: “o movimento sindical está acostumado a ganhar, perder e isso não é o grande problema para nós. A CUT tem o seu papel na sociedade, e se não for essa a posição do presidente Lula, lidaremos com isso com muita tranqüilidade”, finalizou.


 


Um dos sindicalistas perguntou a Lula se a política do Trabalho será, com a posse amanhã (29) de Carlos Lupi, de um ministro ou do governo. ''Não tem política de ministro no meu governo'', teria dito Lula. O presidente teria explicado que resolveu colocar Marinho na Previdência por ''confiar'' na capacidade do ex-presidente da CUT no comando da pasta que cuida de aposentados e pensionistas.


 


Já o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, José Lopez Feijó, não escondeu o desânimo. ''Paciência, temos que lidar com isso… é a vida'', disse.


 


Decisão não agrada nem um pouco as lideranças sindicais da CUT. A Previdência é considerada um problema para a Central por ter a missão de executar uma reforma no benefício dos trabalhadores da iniciativa privada considerada antipática no movimento.