Egípcios dão apoio à mudanças propostas por Mubarak

Somente um quarto dos eleitores votou no referendo de domingo, para eliminar os limites à reeleição do presidente.

Os egípcios responderam com um “sim” à reforma de sua constituição. Segundo anunciou o ministro da Justiça, Mamduh Mirai, 75,9% dos cidadãos que compareceram às urnas deram sua aprovação às mudanças constitucionais no referendo celebrado ontem, que buscavam, basicamente, que o presidente possa se apresentar à reeleição sem limite de mandatos. Mesmo assim, a participação foi muito baixa, situada entre 23% e 27%.



O ministro advertiu que estas cifras são “provisórias”, já que não se tinha contabilizado a participação em todos os colégios eleitorais no momento da sua declaração. O certo é que os egípcios fizeram pouco caso para ir às urnas e somente um quarto dos 35 milhões de cidadãos convocados a comparecer às urnas exerceram seu direito.


 


Os votantes deveriam pronunciar-se sobre 34 emendas à Constituiçção propostas por Mubarak, que já está há 26 anos no poder, para permitir a reeleição do presidente sem limite de mandatos, proibir os partidos de base exclusivamente religiosa e abrir a porta a uma lei “antiterrorista”.



Além disso, o referendo foi convocado há menos de uma semana, tempo suficiente para que o governo distribuisse cartazes para pedir o “sim” com a desculpa de “modernizar o país” ou para “lutar contra o terrorismo”. A oposição pediu à população que boicotasse a consulta, apesar de não ter pedido que os eleitores votassem pelo “não”.