Niemeyer, 100 anos: Memorial da AL homenageia seu criador

No ano do centenário de Oscar Niemeyer, o Memorial da América Latina, projetado pelo arquiteto para São Paulo e inaugurado em 18 de março de 1989, abre uma exposição que é, ao mesmo tempo, uma auto-homenagem.

Idéia e a Obra, com os característicos desenhos de Niemeyer ao lado dos projetos de execução do Memorial, fica em cartaz da próxima terça-feira (27) até 28 de abril. Para o curador Rodrigo Queiroz, também arquiteto e professor da FAU-USP (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo), a mostra tem é inteiramente didática.


 


O evento alcança desde crianças até estudantes de arquitetura justamente pela proposta de alinhar as etapas de construção do Memorial, cujo projeto cultural e conceitual é do antropólogo e educador Darcy Ribeiro. “Oscar Niemeyer é o maior arquiteto do mundo e seu traço é imediatamente reconhecível”, explica Queiroz. “mas seu desenho é a primeira de muitas etapas de um processo arquitetônico que não acontece por acaso.”


 


Entrevista inédita


 


Outro objetivo da exibição é valorizar o trabalho de arquitetos e construtores atuantes em etapas posteriores à concepção. Cada conjunto de esboços e desenhos técnicos é exposto em uma mesa apoiada sobre cavaletes.


 


Completam a mostra livros raros, fotos de Pedro Ribeiro tiradas durante a construção do Memorial, anotações de Niemeyer e uma entrevista inédita em vídeo com o arquiteto – que foi consultado sobre detalhes da montagem desta mostra.


 


Perfil


 


Nascido no Rio de Janeiro em 15 de dezembro de 1907, Niemeyer é a maior referência da arquitetura brasileira. Em 72 anos de carreira, desenvolveu mais de 600 projetos, e pelo menos 200 deles foram construídos em quatro continentes.


 


Assinou, entre outras obras famosas, prédios públicos de Capital Federal como o Palácio do Planalto, Palácio da Alvorada e Palácio do Itamaraty, e ainda o Conjunto Parque do Ibirapuera (São Paulo) e o conjunto arquitetônico da Pampulha (Belo Horizonte).


 


Da Redação, com UOL