Ministro pede investigação e punições por atrasos em Cumbica

O ministro da Defesa, Waldir Pires, pediu investigação e demissão dos responsáveis pelos atrasos ocorridos em vôos no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (Grande São Paulo), neste fim de semana. A determinação foi enviada ao presidente da Infraero, José Ca

Ontem, a pista ficou fechada por quase seis horas. Hoje, foram mais duas horas sem pousos e decolagens, apesar de o aeroporto ter um equipamento que permite a aproximação e o pouso dos aviões mesmo com a visibilidade baixa.



“É justamente isso que será investigado. Os equipamentos foram danificados por um raio há mais ou menos duas semanas, mas consertados em seguida. Eles só não estavam operando porque o avião laboratório da FAB [Força Aérea Brasileira] não pôde ser usado para testá-los”, diz o presidente da Infraero — estatal que administra os aeroportos brasileiros.



O equipamento, chamado ILS (Instrument Landing System, na sigla em inglês), tem três categorias de operação, de acordo com a visibilidade. O ILS de Cumbica é de categoria dois — que auxilia os pilotos quando a neblina é mais intensa. “O avião da FAB que teve problemas durante o teste e o equipamento não pode operar sem que ele seja avaliado”, alega Pereira.



O fechamento da pista obrigou os pilotos de 27 vôos — 16 ontem e 11 hoje — a desviarem para os aeroportos de Viracopos (95 km a norte de São Paulo) e Galeão, no Rio. Ontem, passageiros de um vôo que vinha de Milão para Guarulhos só desceram do avião depois de 13 horas de atraso.



Providências



O presidente da Infraero promete enviar ao ministro as primeiras informações sobre os atrasos ainda na manhã de segunda-feira (26/3). “Já saberemos quem estava [no controle em Guarulhos] e o que foi feito. A sindicância deve terminar em três dias”, conclui o brigadeiro.