E se o ator de ''O Carteiro e o Poeta'' não tivesse morrido?

O ator diretor e ator italiano Massimo Troisi ganhou fama mundial ao interpretar Mario Ruoppolo, o carteiro que se torna amigo do poeta chileno Pablo Neruda no filme O Carteiro e o Poeta. Agora se torna personagem do livro Da Domani m

O romance mostra como seria a vida do artista se Troisi não tivesse morrido precocemente, aos 41 anos, de um ataque cardíaco em 1994, antes de poder desfrutar do sucesso conseguido com O Carteiro e o Poeta.


 


No livro, Troisi escolheu viver em uma cidade no campo, mas resolve voltar a Roma para resgatar o seu passado. Ao retornar do seu exílio voluntário, é recebido por dois amigos – Gaetano e Anna (mulher com quem Troisi teve um longo romance) -, que o convencem a escrever uma história para um novo filme.


 


A autora, que era amiga de Troisi e roteirista da maioria de seus filmes, faz com que seu personagem fale em dialeto napolitano. ''Mas não pretendo que seja um napolitano correto'', esclarece Anna no prefácio da obra.


 


''É na verdade, uma mistura entre o italiano e o napolitano, parecido com o dialeto que Massimo usava quando queria ser compreendido por todos, mas sem renunciar ao seu modo próprio de se expressar'', acrescenta a autora. ''Foi com esse 'idioma' que escrevi todos os roteiros de seus filmes.''


 


Troisi foi um dos co-roteiristas de O Carteiro e o Poeta. Na maioria das cenas em que seu personagem aparece, está sentado, ou parado, de modo a não agravar seu quadro clínico instável. Para completar o filme, o ator chegou a adiar uma cirurgia cardíaca. Apesar dos cuidados, Troisi morreu um dia após o término das filmagens – e recebeu uma indicação póstuma ao Oscar.