Sala secreta da era carlista é descoberta na Bahia

A descoberta de uma sala de uso restrito, localizada no 3º andar da Secretaria de Segurança Pública (SSP), no Centro Administrativo da Bahia (CAB), onde foram encontrados documentos envolvendo 520 investigações contra políticos e policiais mobilizou a cen

A sala teria sido criada quando a sede da SSP ficava na praça da Piedade, no centro de Salvador, passando ao novo prédio no CAB há quase 11 anos. O Ministério Público, a Corregedoria – Geral da SSP e a Corregedoria do Estado formaram uma comissão para analisar os casos que estavam “arquivados”. A OAB Bahia se pronunciou reforçando que além do esforço para descobrir toda a engrenagem, a SSP tem a missão de encaminhar ao Ministério Público os inquéritos e processos que ficaram escondidos premiando com a impunidade os envolvidos.
 


Os ex-secretários de Segurança Pública Francisco Neto, Kátia Alves e Edson Rocha mantêm-se calados. O Sindicato dos Delegados de Polícia afirma em nota dirigida ao jornal A Tarde que a sala existia por ordem do executivo. “…Se ela (Kátia Alves) não cumprisse a determinação do Executivo da época seria sumariamente exonerada.
O deputado estadual Álvaro Gomes(PCdoB) que pretende recolher assinatura para a criação de uma CPI para investigara o caso disse que é preciso apurar com rigor e tudo indica que isso ocorria com a proteção de ex-governadores entre os quais o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL).


 


A deputada  federal Alice Portugal (PCdoB) em pronuncimento na Câmara no dia 21/3 disse que o Brasil precisa saber o que se passava na Bahia da era carlista. Sobre a sala recém-descoberta que escondia processos envolvendo administrações de 167 municípios do estado, a deputada comunista denuncia que a ocultação desses processos por tanto tempo ocorreu “sobre o manto do ex-governador Paulo Souto, do ex-governador Cèsar Borges e do ex-governador Antonio Carlos Magalhães. “Precisa ser de conhecimento nacional o tipo de prática que se exercitava na Bahia” .