Vice-presidente do Iraque quer negociar com resistência

O vice-presidente do Iraque, Tarek al Hashemi, veio à mídia internacional nesta quarta-feira (22/3) para afirmar que só o diálogo com a resistência poderá interromper o quadro de violência que vive o país árabe.

“Creio que não há outra saída a não ser falar com todo mundo”, afirmou, enfatizando que a resistência faz parte das comunidades iraquianas. Com exceção da suposta rede terrorista al-Qaida, que, segundo ele, “não está disposta a falar com ninguém”, todas as partes deveriam ser convidadas a “sentar à mesa e falar de seus temores e suas reservas”.



Al-Hashemi também explicou que muitas pessoas no Iraque são ferrenhas opositoras à presença das tropas de ocupação dirigidas pelos Estados Unidos, já que elas representam “um atentado contra a dignidade dos iraquianos”.


 


Outro motivo aparente é que, segundo al-Hashemi, é necessário acabar com a influência da resistência nas forças armadas. O general Abdul Hussein al-Saffe, chefe da Polícia da província de Dhi Qhar, disse na terça-feira à BBC que “não confiaria” em muitos de seus agentes porque eles “são leais às milícias”.



No entanto, o vice-presidente abaixou o tom e contemporizou, avisando que a coalizão permanecerá no Iraque “até nova ordem”.



“Esperamos um calendário, uma retirada condicional”, disse, sinalizando que espera dos Estados Unidos uma definição rápida sobre o tempo de permanência das tropas ocupantes no Iraque.